sábado, 30 de agosto de 2014

O pijama, a Zara e a lição

Uma vez, numa reunião de trabalho anos atrás com pessoas de diversas empresas, alguém disse que "trabalhar com marketing e comunicação é uma arte. Você pensa que está comunicando e sendo claro no seu objetivo, mas o público pode estar interpretando algo completamente diferente e vendo algo que você não vê". Nunca mais me esqueci disso.

O fato ocorrido recentemente com a Zara é um bom exemplo. Alguns consideram negligência, outros apenas uma coincidência sem importância. O fato é que a Zara anunciou a suspensão da venda de um pijama infantil que lembra as roupas usadas pelos judeus nas prisões nazistas na segunda guerra mundial. A peça tinha listras horizontais azuis e brancas e uma estrela amarela tipo "xerife" com seis pontas, era destinada a crianças e estava a venda no Zara.com e em muitas lojas físicas na Europa, em países como França, Dinamarca e Suécia. O preço era 10,95 euros.

A Zara declarou que o novo pijama foi inspirado em xerifes e na cultura do faroeste, mas o fato é que a camiseta e a estrela de seis pontas eram realmente similares aos uniformes dos judeus presos nos campos de concentração. A semelhança perturba. Veja a imagem (retirada da matéria publicada na veja.com).



A reação começou lenta nas redes sociais e rapidamente ganhou corpo e volume. Os comentários se transformaram em indignações e a Zara decidiu não bancar o risco e mandou recolher e suspender as vendas do pijama. No Twitter, a empresa assumiu a dupla interpretação da peça: "Nós honestamente nos desculpamos. Ela foi inspirada nas estrelas dos xerifes dos filmes clássicos de Western. Ela não está mais disponível em nossas lojas", escreveu. Segundo a Exame, um comunicado oficial da empresa foi emitido: "Podemos compreender o contexto sensível e conotação em que foi criado. Pedimos sinceras desculpas se, como resultado, ofendemos os sentimentos dos nossos clientes".

A Zara já tinha sofrido um problema anos atrás quando foi acusada de vender uma bolsa bordada com a suástica. A empresa espanhola se defendeu alegando não ter notado este símbolo apropriado pelos nazistas em um artigo produzido por um dos seus fornecedores. Ou seja, a Zara já era gato escaldado neste tipo de situação.

Eu não tenho dúvida que ocorreu uma coincidência, mas também tenho certeza que pessoas dentro da empresa devem ter identificado o risco em algum momento, mas provavelmente depois da peça ter sido produzida e distribuída nas lojas. Pelos elementos que tenho conhecimento, a ação da varejista foi rápida e cirúrgica, retirando as peças e removendo tudo a respeito em seus sites na web. Ou seja, fez o que se espera de uma empresa que respeita a opinião pública.

Fica a lição de que em tempos de redes sociais e transparência total, nada escapa dos consumidores e cidadãos. Cabe as empresas ficarem atentas para ouvirem o que sociedade fala e agirem rapidamente, sabendo reconhecer suas falhas, omissões, pedindo desculpas, dialogando e tomando ações de correção de rota. As vezes falar com o mercado é igual atirar com uma arma descalibrada. A gente atira no que vê e acerta no que não vê.

Enter your email address:


Delivered by FeedBurner

terça-feira, 26 de agosto de 2014

FutureBrand: o ranking das marcas de futuro


Em julho, circulou o anúncio da publicação do estudo da FutureBrand que apresenta o ranking das 100 marcas mais poderosas do mundo. Mais importante do que o ranking em si, o relatório traz importantes reflexões sobre os atributos que moldam uma marca. Para quem gosta e estuda o tema, vale imprimir o documento por inteiro e percorrer todo o conteúdo.

Nas minhas palavras, "future brand" é uma marca que tem alta probabilidade de obter sucesso no futuro, e não apenas uma marca que é forte agora, pois detém atributos e gera percepções bem balanceadas, permitindo uma experiência única a seu cliente e um claro e evidente senso de propósito.

Uma "future brand", ou uma marca de futuro, gera uma forte conexão emocional com o seu cliente e admirador, uma experiência positiva e consistente em cada contato, gera sentimento de respeito e satisfação, é autêntica e inspiradora, está comprometida com um futuro sustentável, é única e impossível de ser copiada.

Segundo o estudo, as pessoas querem comprar produtos e serviços dessas empresas diferenciadas, aceitando até pagar mais por eles, e também as consideram “empresas dos sonhos” para se trabalhar.

O relatório teve origem na pesquisa realizada com mais de três mil consumidores de 17 países, incluindo o Brasil. Uma curiosidade é que entre as 10 primeiras marcas no ranking, cinco são da área de tecnologia: Google (1ª), Microsoft (2ª), Apple (4ª), Intel (6ª) e IBM (10ª). Outra curiosidade é que a IBM é a única marca B2B entre as dez primeiras. Duas marcas brasileiras aparecem no ranking: Ambev (27ª) e Petrobras (60ª). Veja a lista das 40 primeiras no final desse post.

Diferentemente da BrandZ e da Interbrand, que são excepcionais estudos de ranking de marcas com foco no presente, o FutureBrand olha para o futuro, por isso algumas marcas fortes atuais quase desaparecem no ranking. Isso fica evidente ao constatarmos que apenas 22 das 100 marcas de maior valor de mercado aparecem no Future Brand.

A metodologia criada para definir uma "future brand" considera 18 atributos específicos dentro das dimensões "propósito" e "experiência". A pontuação absoluta alcançada por cada marca nestas dimensões e atributos permitiu classificar cada marca em quatro topologias:

Corporate Brands: organizações que têm baixas percepções nas dimensões "propósito" e "experiência" e que falham nas categorias de experiência e admiração. Exemplos: 3M, Walmart e Amazon.com.

Purpose Brands: organizações cuja percepção está fortemente baseada em atributos relacionados a propósito, inspiração, autenticidade, inovação, "though leadership", individualidade, indispensabilidade, gestão de recursos e preço diferenciado. Exemplos: Oracle e Gilead Sciences.

Experience Brands: organização cuja percepção está fortemente centrada nos atributos personalidade, história, conexão, consistência, incomparável, pessoas, prazer, bem estar e respeito. Exemplo: Coca-Cola e AmBev.

Future Brands: organizações com fortes percepções de propósito e experiência, que são vistas como as marcas com maior garantia de sucesso futuro. Esse é o ranking FutureBrand.

O ranking mostra que performance financeira ou sucesso no passado não é garantia de uma marca forte no futuro, que o valor percebido das marcas varia bastante e que o fato da marca ser muito conhecida nem sempre representa uma marca forte.

Faça uma análise das marcas de seu relacionamento e tente imaginar onde elas aparecem no ranking. Mas como disse antes, não deixe de ler o estudo, pois ele faz pensar.




Enter your email address:


Delivered by FeedBurner

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Lições de um blogueiro: o que aprendi em 6 anos blogando


O blog A Quinta Onda completou seis anos. Eu ia deixar passar em branco, mas o post "Reputação Digital e seu blog, uma relação de longo prazo", publicado pelo Flavio no Explora! , me motivou a escrever algo. As lições que ele cita são muito pertinentes.

Vários colegas me perguntam porque eu continuo blogando até hoje. A verdade é
que eu não blogo para os outros, eu blogo para mim. A obrigação de blogar me empurra para frente, me faz estudar e refletir, estimula a minha capacidade de olhar as coisas por diversos ângulos e me pressiona a desenvolver uma melhor capacidade de argumentação, especialmente na escrita. Como bônus, eu desenvolvo relacionamentos na web, crio identidade própria e reputação digital, compartilho conhecimento e ganho relevância.

Eu já escrevi sobre o início do meu blog, mas não me lembro de ter escrito sobre o que aprendi com ele. O post do Flavio, mais uma vez, me estimulou a refletir sobre isso. Eis algumas coisas que aprendi.

  • Estabeleça uma regularidade para escrever. Criar o compromisso consigo mesmo é fundamental.
  • Evite ser apenas factual. O maior valor para as pessoas é saber a sua opinião pessoal e os seus pontos de vista sobre qualquer assunto.
  • Conte histórias, de preferência, pessoais.
  • Compartilhe conhecimento. Se você aprendeu algo de valor e que acredita ser importante para as pessoas, então compartilhe. Conteúdo de valor será sempre bem recebido por todos.
  • Pense bem antes de postar. A web é cruel. Uma vez postado, você nunca mais apaga. Você pode até deletar depois, mas a chance de alguém ter lido, copiado ou propagado algo é sempre significativa. Portanto, pense no que publica. Aprendi que publicar por impulso, especialmente se o assunto for polêmico, pode ser bem ruim. Eu já me arrependi várias vezes de coisas que publiquei, de comentários que fiz e de posições que assumi. Hoje, na maioria das vezes, escrevo algo num dia, mas somente publico no dia seguinte.
  • Recheie seu texto com links e referências. Compartilhe as suas fontes, esta é a essência das redes sociais.
  • Agregue fotos, vídeos e outros recursos. Isso enriquece o conteúdo, dá mais leveza e brilho, além de estimular a leitura.
  • Dê atenção aos comentários que recebe no blog. Converse com seus leitores, aceitando bem as críticas, sugestões ou diversidade de opiniões. Isto faz parte do jogo de blogar.
  • Acompanhe a evolução do número de seguidores e comentários, mas não sofra por isso. O acompanhamento vai ajudar você a entender o que as pessoas mais gostam e valorizam.
  • Esqueça a eterna preocupação com a qualidade do texto. Você não precisa ser um acadêmico ou perfeccionista. A escrita vai evoluir com o tempo. Use o corretor ortográfico e siga em frente. O que importa é o conteúdo.
  • Evite copiar texto dos outros. Muitas vezes, ao elaborarmos um texto, sentimos uma enorme vontade de copiar um trecho escrito por alguém para reforçar um ponto ou outro. Se achar que isso é necessário e inevitável, não tem problema, copie e cite a fonte. Só não faça isso o tempo todo.
  • Não fique acanhado de divulgar os seus posts. Use as redes sociais para isso. Fale com amigos mais chegados para repercutir os seus posts se eles gostarem. Parece óbvio, mas conheço pessoas que ficam acanhadas de divulgar o que escrevem ou pedir apoio.
  • Siga outros blogueiros. Aprendi muito com outros bons blogueiros, além de serem boas referências, alguns se tornaram bons amigos virtuais.
Enfim, estes são aprendizados que fui adquirindo ao longo do tempo. Muitos são óbvios, mas adotei-os como uma cartilha e, hoje, me considero um bom blogueiro. Não é por acaso que, além do meu próprio blog, também sou blogueiro no Meio&Mensagem e no Brasil Post, dois veículos respeitados e de grande alcance.


Enter your email address:


Delivered by FeedBurner

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O melhor presente dos pais é o sucesso dos filhos na vida profissional

Conheço executivos muito bem sucedidos em suas carreiras que tremeram e enfrentaram enormes dificuldades para ajudar os filhos no início da vida profissional. Nessa hora, todos somos iguais, né? Não adianta doutorado em Harvard e liderar milhares de funcionários. Muito do aprendizado executivo acaba não funcionando tão bem dentro de casa.

As coisas no passado eram mais difíceis. Os jovens tinham muito mais dificuldade para obter informações a respeito das profissões e especializações. Esse processo dependia muito do interesse e da iniciativa dos estudantes, que tinham que sair em campo para caçar informações, conhecer as novas carreiras e entender o que valia pena. Lembro do "velho" teste vocacional, que nunca foi algo que me cativou muito na minha época. Aliás, se dependesse dele, eu teria estudado geografia e seria um provável bibliotecário.

A realidade atual é diferente. O mundo interconectado e aberto facilitou muito. A informação chega até dentro de casa via internet e outros canais de comunicação. Aliás, os estudantes são bombardeados por todos os lados. O que não mudou foi a necessidade absoluta da iniciativa e curiosidade dos jovens para entender as opções, ouvir conselhos de diversas fontes e trocar ideias. É aí, exatamente neste ponto, que os pais podem ajudar muito os seus filhos.

Esse post tem origem na minha própria experiência. Tenho dois filhos, ambos estão no início de suas vidas profissionais, a fase de dúvidas e dilemas já diminuiu um pouco em relação aos anos anteriores, mas os questionamentos e reflexões sempre aparecem. Os passos abaixo vêm do meu aprendizado prático e, certamente, dos conselhos de amigos e colegas que já passaram pela mesma experiência.

1. Entenda o que é o sucesso para ele
Um ponto importante é não colocar a sua expectativa de sucesso em cima de seu filho. O sucesso é relativo. O que é sucesso para você pode não ser necessariamente para ele.

2. Evite ser assertivo
Não seja afirmativo o tempo todo, afinal, conselhos muito pragmáticos poderão pressioná-lo numa direção que talvez não seja a decisão que bate no coração dele.

3. Tenha um papo aberto
O seu papel mais importante será criar um ambiente para troca de ideias, de bate-papo aberto, sem posições certas ou erradas.

4. Ouça mais do que fala
Instigue seu filho para falar de suas angústias, indecisões e interesses. Muito provavelmente as aflições dele serão bem diferentes das que você tinha quando jovem, portanto mantenha o coração aberto nestes papos.

5. Incentive-se a buscar informações
Inventive seu filho para buscar informações sobre carreira e profissões, além de motivá-lo para falar com mais pessoas, inclusive alguns amigos seus. Facilite esse caminho.

6. Não faça o trabalho pelo seu filho
Por favor não faça a pesquisa de informações pelo seu filho. Isso é responsabilidade dele. Se ele realmente estiver motivado e interessado, você não precisará fazer nada. Ele vai procurar você com todos os dados nas mãos.

7. Ajude-o a descobrir suas habilidades naturais
Motive-o a fazer uma auto reflexão para imaginar que tipo de trabalho futuro mais lhe agrada. Nestas horas, olhar para sua própria rotina e satisfações pessoais pode ajudar a encontrar o caminho.

8. Esteja sempre disponível para dialogar
Estar disponível para dialogar será uma bênção para o seu filho. Ele poderá viver grandes momentos de indecisão, se aproximando e se afastando da decisão final.

9. Tenha paciência, ele precisa de tempo
Ter paciência vai ajudá-lo bastante. Nestas horas sua principal missão será incentivá-lo a continuar pensando e conversando. Faça ele se auto questionar. Não tenha pressa.

10. Aceite bem o empreendedorismo
O futuro do mercado de trabalho sinaliza que cada vez mais os trabalhadores serão empreendedores. O primeiro momento de empreendedorismo de seu filho será esse começo de vida profissional. Conversas francas, sem paradigmas, mente aberta e visão flexível é a maior contribuição que você pode dar para seu filhos nos primeiros passos de sua carreira.

Uma outra recomendação adicional seria não se preocupar se ele escolher a mesma profissão que você, mesmo que você sinta no íntimo que ele foi influenciado por você. A maior preocupação é você estar tranquilo com sua consciência de que ele escolheu o caminho por iniciativa e decisão própria.

Enfim, apesar dessa nova geração estar muito mais informada e madura sobre carreira, os jovens ainda tem a mesma insegurança e angústia que tínhamos quando adolescentes. Imaginar o que gostaríamos de ter recebido na nossa época pode servir de inspiração para nossa preparação de conversa com nossos filhos. Só na esqueça de uma coisa: o mundo passa por grandes transformações na sociedade, onde o trabalhador de emprego perene e 35 anos de serviço está destinado a desaparecer para sempre, ou seja, o sucesso profissional não mais será o salário fixo no final do mês.

As palavras de ordem são: empreendedorismo e satisfação pessoal.


Enter your email address:


Delivered by FeedBurner

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Esqueça a Amazon, você vai passar a comprar no Alibaba


Já ouviu falar em Alibaba? Não, não estou falando do Alibaba e os 40 ladrões. Estou falando do Alibaba Group Holding Ltd, que controla o alibaba.com, que se apresenta como "global leader in e-commerce for small business".

O Alibaba foi fundado em 1999 por um chinês, ex-professor de inglês, que adotou o nome de Jack Ma. A empresa nasceu como um site para conectar fornecedores chineses e compradores ocidentais. O negócio cresceu, e muito!

Hoje, o Alibaba se tornou uma gigantesca empresa de varejo online e domina o cenário de internet e logística na China. Acredite se quiser, mas, juntos, os dois principais sites da empresa (Tmall e Taobao) respondem por cerca de 80% de todas as transações de compras na China, que chegaram a quase US$ 300 bilhões em 2013, de acordo com a matéria publicada no The Wall Street Journal.

As três empresas do Alibaba (faça uma visitinha, mas duvido que consiga entender muita coisa) são Tmall, shopping virtual que vende produtos autênticos de grande marcas como Nike, Levi's e GAP; Taobao, maior e-commerce chinês para pequenas empresas e pessoas físicas; e Alipay, meio de pagamento usado pela grande maioria dos compradores da China, com mais de 600 milhões de contas.

Em 2013, a empresa alcançou 231 milhões de compradores ativos e as transações feitas no Alibaba atingiram US$ 248 bilhões. Esse volume de transações, que no quarto trimestre subiu 53% em relação ao mesmo período do ano anterior, é mais que o dobro do que foi gasto na americana Amazon.com, que obteve quase US$ 100 bilhões, de acordo com a Forrester Research.

A Alipay já tem três vezes o tamanho da PayPal. A principal fonte de receita da empresa vem de uma taxa cobrada pela venda dos produtos em seus sites. Em muitos casos, usuários e lojistas também pagam por anúncios para ganhar destaque na vitrine virtual.

Em 2005, o Yahoo! comprou 40% das ações da companhia por US$ 1 bilhão. Desde então, o Alibaba cresceu alucinadamente. Em 2012, o Alibaba comprou de volta a metade do que havia vendido para o Yahoo! por US$ 7,65 bilhões. Quando Marissa Mayer assumiu a direção do Yahoo!, em 2012, concordou em usar parte desse dinheiro para recomprar ações do próprio Yahoo.

Atualmente, 24 mil pessoas trabalham no Alibaba, mais do que no Yahoo! e no Facebook juntos. A sede da empresa continua na mesma cidade onde ela foi fundada: Hangzhou, na China. A cultura interna é muito peculiar, cuidada com zelo pelo comando da empresa que tenta manter um ambiente familiar, mesmo com milhares de funcionários.

O sucesso do Alibaba tem por trás um personagem interessante: Jack Ma. Mr. Ma tem hoje 49 anos, é celebridade na China, muitas vezes chamado de Zuckerberg chinês. Faz muito sucesso por onde passa. É um sujeito sorridente, carismático, espirituoso e bom comunicador, que gosta de fazer performances nas festas anuais do Alibaba. Quase sempre é apresentado nos eventos ao redor do mundo como o dono da Amazon da China. Possui uma fortuna estimada em U$ 13 bilhões e é o sexto homem mais rico da China. Veja o vídeo no final deste post.

O crescimento do Alibaba passa por sair da China e se estender pelo mundo. Não é por acaso que Jack Ma declarou que deseja transformar o Alibaba numa grande empresa global. Ele decidiu fazer o IPO nos Estados Unidos e estimativas conservadoras indicam que a empresa pode levantar mais de US$ 15 bilhões. Seu valor de mercado pode alcançar US$ 200 bilhões, fazendo a companhia se transformar na segunda mais valiosa da internet, atrás apenas do Google e à frente do Facebook.

Definitivamente, veremos o gigante chinês invadindo os Estados Unidos em breve. Para se ter uma ideia do que o mercado norte-americano vai encarar, no equivalente chinês ao Black Friday (data de promoções dos varejistas dos Estados Unidos), o Alibaba movimentou mais de US$ 5,7 bilhões em um único dia, o que equivale a três vezes o que todas as lojas americanas venderam juntas.

Ah, e por que o nome Alibaba? Porque Jack Ma queria um nome que pudesse ser falado em qualquer língua e que gerasse interesse. Nada além disso. Simples assim.

Convido a assistir dois excelentes vídeos. O primeiro é uma aula e vale muito a pena. É a gravação de uma espetacular palestra de 45 minutos dada por Jack Ma no evento "Credit Suisse Asian Investment Conference", em março de 2013, onde Mr. Ma fala sobre e-commerce na China e no mundo. Ele explica como Alibaba cresceu, fala da diferença de sua empresa para Amazon e E-bay, e compartilha sua visão de mundo e de futuro. Ele se mostra uma pessoa divertida, consciente e segura de seus planos. Olhar os comentários postados no vídeo também é legal, pois sinaliza quem é Alibaba, como este: "I am a foreigner in China and just as this guys says it I know, taobao is a lifestyle!". Enfim, o mundo definitivamente está se tornando global e sem fronteiras.

Mas se você tem pouco tempo, veja o segundo vídeo de pouco mais de 1 minuto postado recentemente pela Bloomberg onde o perfil de Jack Ma é apresentado.


Enter your email address:


Delivered by FeedBurner
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...