domingo, 22 de dezembro de 2013

Empresa demite executiva que publicou post racista no twitter. Tudo aconteceu no final de semana.



Eu acompanhei esse caso nos últimos 3 dias. A minha principal curiosidade era saber o desfecho e, confesso, que continuo encucado como uma pessoa bem formada e com ótimo cargo faz uma besteira dessas. Estou falando de Justine Sacco. Ela é diretora, ou ex-diretora, de comunicação de uma empresa chamada IAC, InterActive Corp, que é dona de sites como Vimeo, match.com e Meetic.

Na última sexta-feira, dia 20/dez/2013, quando Justine ainda embarcava de Londres para a Cidade do Cabo (África do Sul), ela postou o seguinte no Twitter: "Going to Africa. Hope I don't get AIDS. Just kidding. I'm white!". Numa tradução para o português: "Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!"

Durante a viagem de 12 horas dentro do avião o post no twitter foi retuítado mais de 3 mil vezes. A hashtag #JustineSacco virou trend topic no Twitter. Simultaneamente o post bombou em vários jornais online e ganhou repercussão mundial. Enquanto isso Justine nem imaginava o que acontecia. Ela só tomou conhecimento quando chegou na Cidade do Cabo, no sábado, ao ligar o seu celular. Aí o estrago já estava feito. Ela deve ter tomado um tremendo susto, deve ter visto a sua timeline repleta de mensagens duras e hostis, mas não tomou nenhuma ação de pedido de desculpas ou algo assim. A ação tomada por ela foi apagar a conta @JustineSacco do twitter e o post publicado desapareceu junto.

No mesmo sábado, diante da avalanche e da repercussão do caso, inclusive na TV, a empresa empregadora de Justine Sacco se pronunciou dizendo que o post publicado pela executiva não reflete o pensamento e as crenças da organização onde ela trabalha. No mesmo dia, a tarde, a empresa informou que a executiva estava demitida.

No dia seguinte, domingo, 22/dez, a tarde, a executiva se pronuncia publicamente pela primeira vez e divulga um comunicado público de desculpas no jornal Sul Americano "The Star".

Li suas desculpas, mas é interessante olhar o seu tweet com calma. Veja que ela escreve AIDS com letras maiúsculas. Ela coloca um ponto de exclamação quando diz que é branca. Ou seja, ela escreveu pensando e elaborando. Acho que quando alguém escreve dessa forma é porque muito provavelmente pensa realmente assim. Não foi algo impensado. O que foi impensado foi a repercussão.

Ler as matérias publicadas pelo mundo mostra que a ex-executiva já publicava alguns tweets polêmicos, mas nada parecido com esse.

Se desejar ter um ótimo resumo de todo o caso não deixe de ver a matéria de 2 minutos veiculada pela ABC. Muito boa matéria! Mas também recomendo a matéria "Justine Sacco, Internet Justice, And the Dangers Of A Righteous Mob" publicada na Forbes. A matéria faz uma análise muito interessante, com boas reflexões e faz a gente pensar. 

Esse caso me fez refletir sobre 8 pontos:
1- Como pode uma profissional de relações públicas cometer tal desastre?
2- Será que ela vai conseguir um novo emprego como profissional de comunicação depois dessa experiência? 
3- A conta do Twitter de Justine Sacco tinha apenas 200 seguidores. Portanto não negligencie o poder das redes sociais. O post dela foi potencializado ao máximo a partir dos retweets iniciais.
4- Tudo isso aconteceu num tempo extremamente curto... apenas 24 horas. Quando Justine desembarcou de seu vôo ela foi tragada por um tsunami.
5- O mundo todo acompanhou o caso de forma online e colaborativa pois centenas de veículos cobriram a evolução dos fatos, hora a hora. Até uma foto do desembarque de Justine foi publicada online.
6- Vivemos a indústria do espetáculo. Estou convencido que milhares de pessoas repercutiram o fato sem ter um mínimo entendimento do que estava acontecendo. Repercutiram pelo prazer de repercurtir.
7- O barulho foi tão grande que a empresa empregadora teve que se pronunciar no final de semana e tomar uma decisão drástica sem nem dar a chance de uma conversa com a funcionária.  
8- E o mais surpreendente: Justine Sacco é sul-africana, assim como seu pai.



http://abcnews.go.com/International/justine-sacco-fired-tweet-aids-africa-issues-apology/story?id=21301833


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domingo, 15 de dezembro de 2013

Kellogg's escorrega no Twitter em ação de marketing


Eu já postei neste blog vários casos de derrapadas de empresas nas mídias sociais. Tem casos da Locaweb, Nestlé, Domino's e vários outros.

No início era algo mais raro, mas agora as "aventuras" de empresas em tais mídias são diárias. Quase todo dia surge alguma situação. De vez em quando eu escrevo sobre um deles. Uma dos casos mais recentes foi da Kellogg's. A empresa de cereais teve que pedir desculpas em seu perfil no Twitter depois de uma ação de marketing recebida negativamente por parte dos seguidores da empresa.

Com base numa pesquisa que mostrou que 1 a cada 7 crianças no Reino Unido vão para a escola sem tomar café da manhã (aproximadamente 2 milhões de crianças), a Kellog's do Reino Unido lançou em novembro a campanha "Help Give a Child a Breakfast", que promete doar cafés da manhã e lanches para crianças carentes em função do número de compartilhamentos no Facebook, retweets no Twitter e número de views no YouTube.

A empresa fez ampla divulgação, publicou um vídeo no YouTube (ver abaixo) e fez várias ações nas mídias sociais, entre elas a publicação do seguinte post no perfil @KelloggsUK do Twitter: "1RT= 1 breakfast for a vulnerable child” (1RT= 1 café da manhã para uma criança carente). O perfil tem quase 20 mil seguidores e muitos deles reagiram imediatamente. A repercussão não foi legal pois muitos acharam que a empresa estava sendo oportunista e se sentiram chantageados. Foram posts reativos mais ou menos assim: Por que a empresa só vai doar alimentos em troca de publicidade? Por que não fazer isso de maneira genuína e espontanea? Que dizer que se não formos divulgar a marcar as crianças passarão fome?

A reação foi tão intensa que a empresa publicou duas mensagens de desculpas. Num dos posts de retratacao, publicado no dia seguinte ao lancamento da campanha, a empresa escreveu: "We want to apologise for the recent tweet, wrong use of words. It's deleted. We give funding to school breakfast clubs in vulnerable areas". Em tradução livre para o português: "Queremos pedir desculpas pelo tweet recente, foi um uso errado de palavras. Foi apagado. Nós financiamos cafés da manhã nas escolas em áreas carentes".

No dia seguinte, a empresa publicou mais um post: "We’d like to sincerely apologise for our distasteful tweet yesterday. We accept full responsibility for any offence we have caused". Em tradução livre para o português: "Gostaríamos sinceramente de pedir desculpas pelo nosso desagradável tweet ontem. Aceitamos total responsabilidade por qualquer ofensa que tenhamos causado".

Por fim, a empresa apagou o post original.

O programa "Help Give a Child a Breakfast" é sério, ousado e muito legal. O objetivo da empresa, ao final de 2016, é alcançar a marca de 15 milhões de cafés da manhã e lanches doados para famílias de UK que vivem em áreas carentes. Isso será feito através de parcerias com instituições diversas que já trabalham na diminuição da fome no país. Ou seja, a campanha é nobre e com objetivos arrojados. Apesar das críticas nas redes sociais, a campanha ganhou o respeito e adesão do público. No site oficial da ação, no dia que publico este meu post, o contador de refeições doadas já alcança quase 2 milhões.

Não sei estou sendo simplista em minha avaliação, mas não achei desonesta a ação da Kellogg's. Acho que foi uma forma da empresa divulgar a campanha e tentar viralizar. Mas esta é a minha opinião, certamente diferente de um monte de britânicos que resolveram colocar a boca no trombone e fez a empresa pedir desculpas publicamente. Ainda bem que a campanha continuou pois a causa é bacana.

Este caso se junta a outros que tentam aumentar o número de "curtidas" ou "retweets" em função de premiação e outras promoções. O problema é que nem sempre isso é bem recebido pelo público. Muitas vezes uma bela ação sofre um deslize por conta dessas reações imprevistas das pessoas. Portanto monitorar e saber reagir rapidamente faz toda a diferença, como foi o exemplo da Kellogg's no caso acima. Nesse contexto vale a velha discussão do real valor do número de curtidas ou retweets. Será que valhe a pena forçar o crescimento desses números através de uma ação pontual de marketing? Será que isso gera valor na relação empresa-cliente? O "número de "curtidas" é importante, mas não garante o engajamento e o comprometimento do consumidor com a marca. Em tempos de redes sociais, estamos todos aprendendo em como construir um relacionamento saudável entre empresas consumidores, que seja bom e honesto para ambos os lados.

Se desejar mais  detalhes, veja os posts da Proxxima e da Exame.




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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Quanto vale a marca Mandela?



Para a professora, ele era simplesmente Nelson. Para o seu clã e compatriotas, ele era Madiba. Para o mundo ele era Mandela.

Além do legado impressionante de conquistas alcançadas por Mandela, desde que deixou a prisão em 1990, ele deixa para o mundo a sua marca. Uma marca de liderança, solidariedade e tolerância, mas mais do que tudo, recheado de valores de liberdade.

No momento que somos atropelados por milhares de mensagens positivas sobre ele após a sua morte, é interessante descobrir que Madiba está longe de ser unanimidade em seu país. Existe uma massa enorme de pessoas na África do Sul que vê muito mais retórica e boa intenção do que reais realizações de seu líder. Já se passaram quase 20 anos do fim do apartheid, a segregação racial diminuiu, mas a segregação social continua enorme na África do Sul. O índice de desemprego é de 25% e a maioria dos desempregados são negros. Metade das crianças que ingressam na rede de ensino abandonam a escola sem completar o ensino médio. Dez milhões de pessoas não têm moradias adequadas e a falta de saneamento básico é evidente. Um dado chocante mostrado no Censo de 2011: 80% dos habitantes do país são negros e recebem, em média, um sexto do salário dos brancos. Um terço da população vive abaixo da linha da pobreza. Em resumo, foram feitos avanços em direitos humanos, liberdade civil e previdência social, mas a economia quase não evoluiu. O futuro da nação ainda parece incerto.  

O mundo está sempre a procura de ícones e exemplos. A imaginação pública precisa disso. Mandela é um deles. Olhe a imagem dele. Veja qualquer fotografia onde ele esteja. Parece que a imagem de Mandela magnetiza você. Ele parece uma majestade sem coroa, algo natural. Ele brilha, é uma figura dominante, mesmo sendo um homem simpático, bondoso e dócil. Todos somem quando estão ao redor dele, ficam pequenos. Os seus olhos passam imensa compaixão e credibilidade. O seu sorriso parece sincero e acolhedor. Seus cabelos brancos transmitem sabedoria e equilíbrio. Tudo é mágico. Todos queremos saber o que pensa. Todos queremos ouvi-lo. Ele carrega atributos de mito e de santo, alguém que une pessoas, independente de quem elas sejam e como pensam. 

Mas Mandela não é apenas imagem. Ele é um ser humano, tem múltiplas dimensões, podemos considerá-lo ativista, idealista, reformista, pacificador, humanitário, político e tudo que você desejar imaginar. Em todas elas Mandela é crível, carrega atributos fortíssimos de credibilidade e integridade. Não é por acaso que sua imagem foi e continua sendo abusadamente usada ao redor do mundo, especialmente em seu próprio país. A imagem serena de Madiba invade todos os lugares da África do Sul, nos supermercados, nas lojas de moda e nos espaços públicos. É algo devastador, até abusivo.

A marca Mandela é "boa de venda", dá credibilidade a qualquer produto. Além disso é um ícone global, capaz de ser reconhecido em qualquer parte do mundo.  Muitas marcas exploraram e continuam explorando a imagem do líder sul africano. Camisetas, tapetes, calçados, produtos alimentícios e uma gama enorme de produtos carregam a imagem sorridente de Mandela ou uma de suas frases famosas. Existe até o Mandela Burger, vendido por $24 no Café Mandela, em Copenhagen. Seu rosto estampa notas de Rand, o dinheiro sul africano. Membros de sua família abusam do uso de sua imagem. A filha de Madiba já pousou com uma garrafa de vinho, de sua coleção de vinhos que são comercializados com o nome de "House of Mandela". Em junho de 2012, uma linha de roupas "Made in China" foi lançada com a marca 46664, que era o número da prisão de Mandela. Duas das netas de Madiba estrelaram um reality show chamado "Being Mandela", onde vários produtos de marca Mandela foram exibidos.

A custódia da marca Mandela é responsabilidade da NMF - Nelson Mandela Foundation (NMF) -, mas parece que não existe controle sobre ela. Desde a sua família até ao seu partido político na África do Sul, todos dizem que o Mandela se sentia confortável com o uso do seu nome em produtos, tendo ele nunca expressado como seu nome deveria ser usado.

A última aparição pública de Mandela foi na final da Copa do Mundo na Africa do Sul em 2010. Ironicamente a sua imagem continuou crescendo e se consolidando como ícone global. Enfim, Madiba é pop.

 

Texto publicado no blog Ponto de Vista do Meio&Mensagem


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domingo, 1 de dezembro de 2013

Estudo com líderes empresarias mostra que, daqui para frente, quem define a estratégia dos negócios é o cliente


Há 10 anos, a IBM vem conduzindo pesquisas para entender as prioridades e preocupações que rolam nas salas de decisão das grandes empresas no mundo. Foram 17 estudos valiosos com presidentes e os principais líderes das áreas de negócio no universo empresarial. Olhar pelo retrovisor essas pesquisas é interessante pois permitem mapear as principais mudanças ao longo do tempo, e não foram poucas. Você pode acessar AQUI todo esse baú do tesouro que vale muito a pena ser explorado.
http://www-935.ibm.com/services/us/en/c-suite/csuitestudy2013/

Contudo, muito mais divertido do que olhar o passado, é olhar para o futuro. É descobrir o que virá. É saber como os executivos estão se preparando para o futuro. É entender o que tira o sonho dos principais líderes e as razões de suas enxaquecas. Tradicionalmente essas pesquisas sempre foram segmentadas e focadas separadamente nas análises dos presidentes, dos executivos de tecnologia, marketing, finanças, RH, etc. Sempre procurou-se saber o que estava na cabeça de cada um deles, individualmente.

A novidade é que neste ano, pela primeira vez, o estudo foi construído com o objetivo de cruzar e analisar a visão dos executivos em diferentes cargos de liderança, desde presidentes de empresas até diretores de marketing, finanças, RH, tecnologia e operações, ou, como o mercado chama: o C-Level (CMO, CFO, CIO, etc). Por isso o estudo passa a chama-los de CxOs.

Um estudo deste não é trivial. A complexidade é alta e não funciona o modelo básico de envio de milhares de questionários online. A metodologia concebida incluiu milhares de entrevistas presenciais individuais, frente a frente, feitas por consultores seniores da IBM de diversas regiões do mundo, conversando com líderes de empresas de diferentes portes e segmentos de mercado. O enorme investimento feito nesta pesquisa valeu a pena. O estudo ajuda a entender a evolução da agenda global de negócios nos últimos 10 anos, mas mais do que isso, aponta as prioridades dos executivos e ajuda a criar uma imagem mais concreta de como será a empresa do futuro que eles estão buscando construir. O estudo contemplou conversas com mais de 4 mil líderes de 70 países, incluindo 321 entrevistas no Brasil.

A principal conclusão é que existe uma mudança de prioridade dos líderes empresariais. Nos estudos anteriores, os principais pontos de preocupação eram redução de custo, busca por maior eficiência operacional, os desafios da globalização, maior integração com os funcionários e alternativas para lidar com as crises globais. O estudo atual aponta que o consumidor está no centro de atenção dos executivos. Existe uma preocupação real dos líderes em estabelecer uma comunicação mais direta, efetiva e interativa com seus clientes.

Um número cada vez maior de líderes empresariais acredita que a influência dos clientes não deve ser limitada a atividades em que os clientes participam tradicionalmente, como o desenvolvimento de novos produtos ou serviços. Em vez disso, os CEOs estão prontos para ceder o controle absoluto do que é geralmente considerado seu domínio - desenvolvimento da estratégia de negócios.

60% dos entrevistados afirmaram que a área que os CEOs esperam que a influência dos clientes mais cresça é no desenvolvimento estratégico de negócios.

A ascensão social das classes C, D e E é uma das razões dessa preocupação das empresas no relacionamento com seus clientes. Hoje temos um consumidor muito mais exigente e com voz mais ativa do que no passado recente. Os canais sociais se proliferam e qualquer pessoa pode ser ouvida através deles. Isso exige mais transparência, rapidez e objetividade das empresas em suas interações com os clientes. As empresas estão mais porosas. Os clientes ganharam mais poder sobre suas decisões de compra através das mídias sociais, suas expectativas continuam aumentando e sua tolerância continua diminuindo.

Aceitar os clientes como stakeholders na determinação do futuro da empresa tem enormes implicações culturais e organizacionais. Essas empresas não podem simplesmente ser centradas no cliente. Elas precisam ser controladas pelo cliente. Isso exige criar relacionamentos totalmente recíprocos com os clientes. Isso significa estar pronto - e disposto - a mudar o curso para seguir os caminhos que criam valor mútuo. E exige descobrir caminhos para incluir os clientes nas principais decisões.

71% dos executivos entrevistados dizem que precisam aumentar a colaboração com públicos externos, como consumidores e fornecedores.

O estudo também revelou que os líderes acreditam que é necessário criar uma conexão entre o mundo físico e digital para que o cliente tenha uma experiência única, onde quer que esteja comprando ou visitando. Essa é uma prioridade absoluta entre os executivos.

Dois terços das empresas possuem uma estratégia digital/física fraca, ou nenhuma estratégia. Algumas organizações estão reconfigurando suas ofertas para aproveitar as redes sociais e a conectividade móvel. Outras estão reformulando seus modelos operacionais para injetar a opinião dos clientes em todos os aspectos da cadeia de compra e venda. Mas, frequentemente, não fazem as duas coisas ao mesmo tempo. Entender o retorno sobre o investimento é um desafio, especialmente se as organizações veem o social simplesmente como algo que elas encaixam nos fluxos de trabalho que já existem.

Para 63% dos entrevistados, o maior obstáculo é a falta de um plano coeso de mídia social para uma estratégia física/digital integrada.

A maior ambição dos líderes é tratar seu cliente como único, como indivíduo, e não mais como alguém pertencente a uma classe, segmento ou grupo. Entender os seus anseios para agir na forma e no momento que eles desejam. Como já dito, nos próximos 3 a 5 anos, 60% dos CxOs querem envolver seu consumidor em sua estratégia de negócio. Hoje, apenas 43% já fazem isso.

O ambiente digital será crucial para que esse novo relacionamento entre empresa e consumidor seja possível e tenha o efeito desejado. O Brasil é o terceiro país no mundo em número de pessoas com com acesso à internet, são mais de 100 milhões de pessoas online, de acordo com o Ibope. O mercado digital vai dobrar de tamanho nos próximos anos. Não é uma questão de estar nas redes sociais, mas de atuar de forma proativa, estratégica e competitiva para os negócios.

Uma estratégia de redes sociais não está mais apenas na agenda do CMO (executivo de marketing), mas na do próprio presidente. A pesquisa revelou que o Brasil está na frente de outros países pesquisados nessa área: 42% dos entrevistados já têm uma estratégia implementada.

O canal digital será o canal prioritário de interação entre as empresas e seus consumidores, e vai crescer ainda mais nos próximos 5 anos.  Será mais importante que o call center, que a mídia tradicional, e vai superar o atendimento "face to face", segundo o estudo.

CxOs brasileiros preveem que gastarão mais tempo engajados com a experiência do cliente e menos com atividades operacionais nos próximos anos. Muito mais do que ter foco no consumidor, as empresas vão dar voz ativa a eles.  Vão se reorganizar para entendê-lo melhor e atender suas exigências de forma rápida e efetiva. O resultado disso tende a ser uma experiência envolvente, concebida pelo próprio consumidor e executada com rapidez e consistência pela empresa.  O estudo mostra que há motivos convincentes para fazer isso. As empresas que mais prosperam são geralmente aquelas que se relacionam melhor com seus clientes, parceiros e fornecedores e promovem ativamente o desenvolvimento de redes de funcionários.

Enfim, vale a pena conhecer o estudo. Muito mais do que saber o que está na cabeça dos executivos, é descobrir como eles imaginam a empresa do futuro e o que estão fazendo para isso.

Acesse o estudo completo na páginal oficial "The Customer-activated Enterprise". Você vai encontrar não somente o estudo nesta página, mas muito material adicional, relevante.

O estudo também está disponível em português: "A Empresa sob a Direção do Cliente".

Assista abaixo o depoimento de três líderes de grandes empresas brasileiras, que foram entrevistados no estudo. Eles falam sobre os desafios e futuro dos negócios. E por fim veja um infográfico resumindo o estudo.


Rodrigo Galindo , presidente da Kroton Educacional , discute o que faz um bom CEO hoje e no futuro, como trabalhar com sucesso com os outros executivos C-level e como conduzir continuamente a inovação e fornecer tecnologia para atender às demandas dos clientes.




Mara Maehara, CIO do Grupo Pão de Açúcar, discute como eles estão construindo uma experiência integrada ao cliente, a importância de compreender a estratégia e as necessidades de TI da empresa e a crença de que o CIO do futuro vai se tornar um agente de transformação .





 Julio Baião, CIO da Viavarejo, discute a importância de participar de decisões estratégicas de negócios, liderando um ambiente colaborativo e como ser um CIO de sucesso que impulsiona a inovação simples e sustentável.




Infográfico The Customer-Activated Enterprise

http://www-935.ibm.com/services/us/en/c-suite/csuitestudy2013/infographic-02.html


Texto publicado no blog Ponto de Vista do Meio & Mensagem


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domingo, 24 de novembro de 2013

Funcionária pede demissão dançando, a Empresa dá o troco e os dois vídeos são vistos por milhões de pessoas.


Esse caso foi bastante badalado há algumas semanas. Mas, propositadamente, eu esperei algumas semanas para ver os desdobramentos do caso. E algo me surpreendeu.


A jovem Marina Shifrin, escritora, pediu demissão da empresa onde trabalhava através de uma forma completamente diferente. Ela postou um vídeo no YouTube com uma dança bem pessoal. O vídeo se tornou hit na web e ganhou destaque pelo mundo. Ele teve tanta repercussão que colocou a música "Gone", do cantor Kanye West, de novo nas paradas.

O vídeo da Marina era claramente um protesto dirigido ao seu chefe, mas ao postar no YouTube, acredito que milhares de pessoas se identificaram com a sua atitude e se imaginaram fazendo a mesma coisa ou algo parecido. Não houve ofensas ao chefe ou a empresa, apenas uma performance bem divertida e uma comunicação direta mostrando a motivação de sua saída.

Duas coisas me chamaram a atenção em relação ao fato, e não foi a atitude da ex funcionária ou a repercussão do vídeo. Estou falando da banalização do ato da demissão e, melhor ainda, do vídeo resposta da empresa.

Eline Kullock, em seu texto "O presentismo da geração Y e o vídeo de demissão da Marina Shifrin" faz uma excelente reflexão sobre essa tal "banalização da demissão". Vale muito ler. Para a geração mais antiga o ato de se demitir é algo complicado, mexe com a autoestima, precisa de muita reflexão e planejamento. É algo que dói no coração, para fazer escondido. A demissão sempre foi tratada com algum tabu e era algo discutido dentro de ambientes controlados. Nos tempos atuais, parece que o processo de demissão ficou menos importante, parece ser algo natural, corriqueiro, como um almoço ou uma ida a esquina. O "pleno emprego" e a "carreira longa na mesma empresa" estão em extinção.

Qual foi a real motivação da Marina para fazer um vídeo, posta-lo no YouTube, em vez de realizar um pedido de demissão numa sala fechada com seu chefe?
Por que fazer de sua saída um desabafo público?
O que ela queria como imagem a partir dessa atitude? Ela pretendia conquistar algo?
Qual o legado deixado por ela na antiga empresa?
Será que a "dancinha da demissão" ajuda ou atrapalha na busca dela por um novo emprego?
Será que ela vai conseguir um melhor emprego depois dessa experiência e iniciativa?        

Marina explicou a razão de sua demissão em seu blog, Deu para entender muito bem, mas não ela comentou a ideia do vídeo. Seria divertido e interessante se fizesse. 

Marina trabalhava na Next Media Animation, uma companhia produtora de vídeos de Taiwan. A resposta da empresa para ex funcionária veio no mesmo remédio, ou seja, na forma de um vídeo bem humorado onde os funcionários fazem uma performance e tentam responder a Marina. O chefe também respondeu a altura as acusações apresentadas por Marina. Ele diz algo na linha:  "Eu gostaria que a Marina tivesse aplicado a criatividade mostrada por ela no vídeo em seu trabalho diário aqui na empresa". O vídeo é divertido, valoriza alguns benefícios da empresa, mostra cenas gravadas na piscina e diz que está com vagas abertas para novas contratações.

Apesar de ser uma empresa pequena, produtora de vídeos, a resposta da empresa foi bastante surpreendente. Se fosse uma companhia grande, mais burocrática, certamente o desdobramento seria outro. Mas o exemplo é válido para mostrar que vivemos outros tempos. Trata-se quase de uma "guerra" pública, de posicionamento, onde uma funcionária deixa a empresa através de um vídeo no YouTube que já alcançou quase 17 16 milhões de views, sem pudor, mas com criatividade. A empresa, em contra-ataque, responde na mesma moeda, com sarcasmo, alavancando sua imagem, posicionando-se publicamente para fazer frente a uma exposição pública não planejada. O seu vídeo resposta já tem mais de 4 milhões de views. 

São sinais de novos tempos, onde conversas e atitudes anteriormente privadas se tornam públicas. Milhões de pessoas acompanham.

Veja o vídeo da Marina.
A ex funcionária mostra que sabe dançar, parece se divertir e e apresenta suas razões por tomar aquela atitude.



Veja o video resposta da empresa.


Publicado no blog Ponto de Vista do Meio&Mensagem
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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Entrevista em vídeo: Redes Sociais e Colaboração no Ambiente Corporativo


No final de agosto eu fiz uma apresentação na SENIORTEC, evento anual da Senior, uma das principais empresas de TI do país, especializada no desenvolvimento de soluções de gestão empresarial.

Foram 400 pessoas presentes e eu falei sobre a transformação no ambiente de trabalho e dos negócios, com foco na implementação e no uso de plataformas colaborativas pelas empresas. Também falei sobre as mudanças na área de marketing, que está passando por grande transformação, especialmente pela necessidade e introdução de ferramentas mais analísticas.

Abaixo tem uma entrevista dada em vídeo (apenas 6 minutos!!) que foi publicada na revista Interface, da Senior. A conversa foi centrada no tema do uso das redes sociais nas empresas. Gostei do resultado pois sumariza bem o que voi apresentado no evento.

Revista Interface

http://revistainterface.com.br/mauro-segura-da-ibm-midias-sociais-e-colaboracao-nos-ambientes-corporativos/



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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pais entram nas Mídias Sociais para conversar com os Filhos

Definitivamente as mídias sociais entraram na rotina das famílias, especialmente naquelas com muitos adolescentes. Os pais já descobriram que precisam entrar na onda para conversar e se relacionar com seus filhos.

Uma pesquisa realizada nos USA, e publicada em julho desse ano, apresentou algumas conclusões incríveis, como por exemplo que 7 entre cada 10 pais estão usando as mídias sociais para se comunicar e se relacionar com seus filhos. Aos poucos, o facebook e o twitter vão substituindo as salas de jantar (infelizmente não encontrei detalhes e a fonte dessa pesquisa, apesar de ter sido divulgada por alguns veículos confiáveis)

Não é preciso pesquisa para verificarmos que a juventude curte a comunicação digital, que adora manter diversas conversas simultaneamente, muitas vezes em plataformas e meios diferentes, com frases curtas e em qualquer momento do dia. Muitos pais já constataram isso e descobriram que precisam se ajustar a esse comportamento. As mídias sociais são um belo canal nesse contexto.

O interesse dos pais em se conectar aos filhos nas mídias sociais tem 3 principais razões:
1 - Se relacionar com os filhos no ambiente que eles frequentam rotineiramente;
2 - Verificar com quem os filhos estão se relacionando;
3 - Avaliar a reputação e imagem online dos filhos, ou seja, de que forma eles se comportam no universo online.


Em resumo: relacionamento, reputação e segurança estão por trás desse movimento dos pais na web.

A pesquisa apontou que 1 entre cada 10 pais não tem chance de ter conversas de valor com seus filhos durante uma típica semana.

62% dos pais pesquisados declararam que verificam o que seus filhos estão "curtindo" pelo menos uma vez ao dia.

80% dos pais que ficam de olho na vida online de seus filhos dizem que isso ajuda muito no relacionamento com eles, pois permite conhecer hobbies, interesses, preferências e outros costumes e desejos que nem sempre são evidentes ou conhecidos. Ou seja, as mídias sociais são um tremendo dedo duro. Conscientes ou não, os jovens vão deixando rastros na internet que permite aos pais conhecê-los melhor. Mas não só os pais...

Ironicamente, 98% dos pais admitiram que não querem realmente ser "amigos" ou "seguidores" de seus filhos nas redes sociais, mas essa foi a forma que eles encontraram para obter dos jovens uma resposta mais rápida do que precisam.

A pesquisa alerta o quanto é importante que os pais estejam antenados a respeito da tecnologia e das ferramentas sociais usadas pela nova geração. Mães e pais espertos conseguem se manter muito mais conectados com seus filhos do que os pais desatualizados tecnologicamente.

Embora a comunicação frente a frente seja a mais valiosa para o relacionamento familiar, é inquestionável que vivemos numa nova era e que os pais têm que entrar na onda. Entrar na discussão se os relacionamentos via mídias sociais são genuínas ou verdadeiras me parece uma perda de tempo. Ir onde os filhos estão é o que interessa aos pais. Isso faz parte da evolução.

Uma outra pesquisa também divulgada em julho de 2013, feita pela BYU - Brigham Young University - de Utah USA - reforça os pontos acima. A conclusão é que os pais não podem se intimidar ao procurarem os filhos via mídias sociais. No entanto, afirma claramente que ser amigo do seu filho no facebook não significará que você terá um maravilhoso relacionamento com ele. É apenas uma forma, em um conjunto de ferramentas, que os pais podem usar para se conectar com seus filhos adolescentes. Obviamente que não é esperado que os pais postem fotos embaraçosas de seus filhos ou façam comentários íntimos ou inapropriados, isso poderia constrangê-los e até afastá-los. Os pais têm que ter desconfiômetro.

Mas o estudo apresentou uma surpresa. As mídias sociais em geral, independentemente do uso dos pais, podem também gerar comportamentos negativos nos jovens. E foi isso que o estudo identificou nos adolescentes que usam mídias sociais de forma intensa (mais de 8 horas por dia) ao apresentarem evidências de um comportamento de agressividade e depressão.

A pesquisa da BYU diz que metade dos jovens pesquisados tem conexões nas mídias sociais com seus pais. No entanto, apenas 19% desse grupo disseram que tem interações com seus pais nas redes várias vezes no mês, enquanto 16% afirmaram que usam as redes com seus pais diariamente.

Veja o press release da pesquisa.

E veja o estudo completo.

E você? Vai me perguntar se sigo ou sou amigo dos meus filhos nas mídias sociais?

Texto publicado no blog Ponto de Vista do Meio & Mensagem 

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os Executivos se tornaram Dependentes Tecnológicos


Existe um movimento acontecendo nas empresas que ainda parece um pouco obscuro, mas é uma transformação que está diante dos nossos olhos: a tecnologia está saindo do armário, ou seja, está deixando as fronteiras do departamento de TI e invadindo todos os as áreas da companhia como marketing, finanças, recursos humanos, vendas, logística, etc. A grande novidade é que os investimentos em tecnologia começam a sair das mãos do CIO e estão caindo nos braços de seus pares de negócio. A tecnologia está deixando de ser algo restrito ao back office e migrando aceleradamente para o front office. Uma das maiores evidências dessa mudança foi uma previsão publicada pelo Gartner em 2012 que afirma que em 2017 os CMOs das organizações terão um budget de TI maior que os próprios CIOs.

No entanto, tal migração ainda não é evidente. Sabemos que ela começa a ocorrer, mas parece que existe uma certa inércia dentro das empresas. Esta negação da transferência da tecnologia dos CIOs para as áreas de negócio tem uma razão muito simples: conveniência. Desculpe se sou um pouco ácido, mas existe um certo conforto por parte dos executivos das empresas em relação a isso.

Para o CIO, é conveniente que o investimento e as decisões de tecnologia continuem sob as asas dele, isso dá poder. Mas, mais do que isso, permite que o CIO e sua equipe continuem tendo o controle da TI dentro da empresa, cuidando da governança, o que é fundamental para qualquer organização. Por outro lado, CMOs, CFOs, CHROs e CSCOs ainda se sentem inseguros e sem autonomia para investir e tomar decisões em tecnologia. Para eles, é mais conveniente pedir e cobrar de alguém (no caso o CIO) a tecnologia que suas áreas demandam. Essa é a razão que está por trás da inércia na migração de mais autonomia de decisão em TI dentro das empresas.

Esse movimento migratório é inevitável. Mas, mais do que a migração, a direção parece ser a parceria. A pressão de todos os lados está fazendo os CIOs e os executivos de negócio se alinharem ao mesmo lado da mesa. Existe claramente um sentimento de colaboração mútua, mas que ainda esbarra na grande dificuldade da gestão da TI dentro das empresas, que tem que olhar para governança, segurança das informações, integração de bases de dados e tecnologias diversas, e programas legados, escalabilidade dos sistemas e muitas outras coisas que as áreas de negócio têm dificuldade de entender.

O crescimento desordenado, alinhado com a diversidade de plataformas de tecnologia existente dentro das organizações, colocou algemas no CIO que tem que lidar com grande complexidade operacional para fazer a TI evoluir dentro das empresas. Tal contexto faz com que os CIOs estejam sempre “devendo” dentro das companhias, que cobram alucinadamente que os projetos de TI saiam do papel.

As operações das empresas sempre dependeram de TI, o que fez com que os investimentos em tecnologia nas décadas passadas se concentrassem nos sistemas internos e na administração da própria organização. Agora a demanda da tecnologia vem de fora, na pressão dos clientes que cobram por mais inteligência, canais de relacionamento e conveniência de serviços. A área de marketing das companhias está totalmente dependente de tecnologia. A automação da área comercial virou prioridade absoluta. Recursos humanos precisa cada vez mais de meios tecnológicos para desenvolvimento da força de trabalho, capacitação dos funcionários, recrutamento e nos processos de identificação de competências e talentos. Tendências como home office e globalização das empresas só se tornam viáveis em grande escala sob o uso intenso de ferramentas tecnológicas modernas. A complexidade operacional e as demandas crescentes de investimento colocam uma pressão enorme nas áreas de administração e finanças, que demandam ferramentas analíticas poderosas, complexas e em “real time”. Esse cenário impõe uma pressão monumental nos líderes de marketing, finanças, recursos humanos, administração e outras áreas chave das empresas.

Quatro tecnologias emergem com força no mundo empresarial: Cloud Computing, Mobile, Social Business e Big Data/Analytics. Tais tecnologias estão virando de perna para o ar o mundo de TI das empresas. Surgem no mercado inúmeros serviços on demand, proporcionando independência e facilidade de uso e rapidez na implementação de tecnologia nas áreas de negócio das organizações.

Estamos diante de um tsunami transformacional no mundo corporativo, que altera profundamente o ambiente do trabalho e o mundo dos negócios. Surfar essa onda ou ser atropelado por ela depende exclusivamente da liderança executiva. A onda diante de nossos olhos sinaliza que a tecnologia é o grande diferencial. O futuro, ou já o presente, aceitando ou não, transforma cada executivo num dependente tecnológico. Se esquivar, procrastinar ou se jogar na adoção intensiva da tecnologia será decisivo para o sucesso das empresas e de suas lideranças executivas.

Texto publicado na Computerworld

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domingo, 27 de outubro de 2013

Os Líderes de Marketing das Empresas estão na Berlinda


Participei de um painel no Maximidia, dias atrás, e a Claudia Vassallo, mediadora do debate, perguntou para os painelistas a respeito do marketing das empresas em 2014, ano de Copa do Mundo e de eleições. Pergunta fácil, resposta difícil.

O fato é que os investimentos em marketing nas empresas têm se mantido mais ou menos constante, o aumento é marginal, obviamente que existem variações em função do segmento e da maturidade do negócio onde a empresa atua. Existem algumas tendências evidentes, como uma migração acelerada de projetos para a área digital e a pulverização do dinheiro de propaganda em outras áreas. Isto tem uma explicação. O marketing das empresas vem mudando, porém vai além disso, o papel do líder de marketing (CMO) vem mudando radicalmente e carregando o marketing como um todo nesse movimento. Como em qualquer debate, a conversa evoluiu para um determinado lado e eu pouco explorei alguns pontos importantes que estavam na minha cabeça.

Quero aproveitar este espaço para registrar tais conceitos. Mais do que o marketing das empresas, mais do que as verbas em propaganda, o grande ser em transformação é o CMO.

Hoje o CMO é um executivo bem diferente de um passado recente. Tradicionalmente seu papel sempre ficou muito concentrado na atividade de propaganda, isso fazia sentido, pois propaganda sempre foi algo intimamente relacionado à imagem das organizações e à geração de novos negócios. O fato é que a propaganda, em si, já não é mais suficiente. Hoje a reputação e o desejo de compra não estão apenas vinculados aos clientes. Existem outros públicos, é preciso se preocupar com os funcionários que são super influenciadores externos e, em muitos casos, especialmente nas empresas de serviços, provedores da real experiência do cliente com a marca, produtos e serviços.

A sociedade, em geral, também é outro público importante, pois a imagem da empresa é influenciado diretamente pela percepção das multidões, especialmente pelo poder de influência das mídias sociais e de outras plataformas digitais.

Portanto, de repente, o CMO passou a ter que se preocupar com clientes, funcionários e sociedade. Isso sem falar nas empresas que trabalham com grande contingente de parceiros e serviços terceirizados, que muitas vezes aparecem como a "cara" das empresas no mercado. Esse é mais um grupo que está sob o radar dos CMOs.

Os clientes do passado não são mais os mesmos. Estamos diante de um novo cliente. O ambiente da empresa também mudou, ficando muito mais pervasivo. Os clientes entram na empresa por todos os lados. A experiência da marca é construída não somente pela propaganda, mas pela qualidade na prestação dos serviços, na fatura que chega na casa do cliente, no atendimento do call center, na resposta do "customer service", na consulta que o cliente faz a respeito da empresa na web, nas respostas e ações da organização nas mídias sociais, no compromisso social e cidadão da empresa, etc. Quem são os clientes de um serviço de TV a cabo? Os pais que pagam a conta ou os filhos que decidem a programação da casa? Como conversar com eles? Os clientes mudaram, os canais de relacionamento mudaram, a percepção de marca passou a ser construída de forma diferente e todos na sociedade, clientes ou não, são influenciadores da marca e dos negócios da empresa.

Tal ambiente, caótico por natureza, exige, minimamente, quatro coisas:

1 que todos os pontos de contato da empresa com os clientes e sociedade sejam instrumentalizados e monitorados;

2 que exista um processo de análise dos dados capturados, que uns falem com os outros e "insights" reais sejam gerados.  Aqui podemos estar falando de uma insatisfação pontual de um cliente até uma tendência de mercado;  

3 que se adote um processo de gestão e comando para que tomadas de ação sejam realizadas a partir dos dados coletados e analisados;

4 que se desenvolva uma colaboração mútua e genuína entre as diversas organizações internas das empresas (marketing, vendas, atendimento ao cliente, TI, finanças, produtos e serviços, etc)

Estamos falando, portanto, de um novo CMO.

Um CMO que passa a se preocupar tremendamente com a instrumentalização da organização, para capturar e organizar todos os pontos de contato dos clientes com a empresa. Um CMO obcecado em encontrar meios de juntar tudo isso, analisar os dados e construir "insights", pensar sistemicamente, pensar tecnologicamente, negociador, de se articular com o restante da empresa para apresentar respostas adequadas aos clientes e responder as tendências de mercado, capturando oportunidades de mercado que ainda não são claras ou visíveis para a maioria da sociedade.

Estamos falando de um CMO diferente, com uma nova agenda, com outras preocupações e prioridades em relação a um passado recente. Tal mudança tem impacto direto nas verbas de marketing, especialmente de propaganda, que começam a migrar para outras atividades e missões dentro da empresa, que muitas vezes parecem não ter vínculo direto com marketing. Estou falando, por exemplo, de migração de verba para comunicação interna com os funcionários, para o  desenvolvimento e implementação de ferramentas para  atendimento aos clientes, etc. Isso, de alguma forma, dilui o dinheiro originalmente destinado para pura propaganda.

Este é um movimento migratório evidente, ainda na fase inicial, mas inevitável. Os CMOs estão tendo que fazer mais com menos, ninguém tem dúvida disso. Mais do que o dinheiro em si, a questão é se os CMOs reconhecem esse novo cenário, se eles se sentem capazes para assumir essa missão, de abocanhar novas responsabilidades e desafios que parecem incompatíveis com as suas competências, de buscar maior capacidade na articulação interna dentro da empresa e de liderar a transformação do marketing que tanto as empresas e os clientes precisam.

E aí? Vai encarar?

Texto publicado no blog Ponto de Vista do Meio&Mensagem

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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Histórias de Chefes Mala


Tenho muitos anos anos no mercado de trabalho, obviamente que sempre me reportando a um chefe. De uns tempos pra cá, com o advento das organizações matriciais, tenho sempre mais de um chefe simultaneamente. Ao longo do tempo eu tive chefe de todo jeito, longe e perto, gordo e magro, chato e legal, presente e ausente, preocupado e despreocupado, tenso e relaxado, e por aí vai. Graças a Deus eu tive um número bem maior de chefes competentes e generosos (em compartilhar conhecimento e dar conselhos). Não foi por acaso que consegui evoluir e crescer na carreira. O grande dilema é que os chefes mala, apesar de serem um número pequeno, foram marcantes e jogaram muitas pedras no meu caminho. Ao olhar pelo retrovisor, é interessante constatar que alguns chefes mala foram importantes para a minha formação, fizeram diferença, apesar de eu querer ter tentado enforca-los naquela época.

No início da minha vida eu tive um chefe muito centralizador, controlador mesmo, tudo tinha que passar por ele. Aquilo me incomodava profundamente, demonstrava falta de confiança na equipe, mas depois entendi como a cabeça dele funcionava. O ponto a favor dele é que ele conhecia profundamente o ofício, adorava conversar e dar seus pontos de vista, com isso tínhamos horas e hora de sermão falando como as coisas deveriam ser feitas.

Anos mais tarde ganhei um dos chefes mais complicados da minha vida profissional. Eu sempre fui honesto e muito transparente com meus chefes, é um relação sem segredos ou pegadinhas, e isso me trouxe problemas por diversas vezes. Vou dar alguns exemplos para ilustrar melhor:
-- Chefe, eu não vou conseguir entregar o trabalho neste prazo porque a equipe está sobrecarregada e o projeto é muito complexo.
Ele responde:
-- Mauro, você está me dizendo que não está conseguindo comandar a sua equipe e por isso não vai entregar o projeto no prazo que estou pedindo?
-- Não, não, o que estou dizendo é que estão todos muito atarefados e que o trabalho é complexo.
-- Então você está dizendo que não tem capacidade para entender o trabalho a ser feito porque parece muito complexo para você?

Não vou seguir com o exemplo, mas as conversas com ele seguiam essa linha e eram intermináááááveis, sofridas, looongas, com jogo de palavras de ambos os lados. Coincidência ou não, ele me levava ao limite e foram dois anos onde alcancei espetaculares resultados de performance. Na minha fase na área de vendas foi quando alcancei os melhores números. 

Tive um chefe que falava assim: "Você tem um problema". Ou seja, o problema nunca era "nosso", era só meu, ele fazia questão de deixar isso bem claro. Em compensação, quando alguma conquista acontecia, o sucesso era "nosso" :)

Certa vez tive um chefe apaixonado por powerpoint. Tudo merecia uma apresentação, especialmente para o chefe dele. Haviam momentos que ele ficava discutindo a tonalidade do azul do texto, a cor do fundo do slide e até pedia versões alternativas para ele escolher. Lembro de várias vezes onde abandonávamos a discussão do conteúdo para falarmos longamente sobre o formato. Aquilo era uma tortura para mim pois eu sempre negligenciava o formato. Mas com ele aprendi, a duras penas, como preparar uma apresentação mais impactante e objetiva, sucinta quando necessária, especialmente quando tínhamos pouco tempo para sensibilizar alguém sobre um projeto ou uma tomada de decisão crítica. Foi duro, mas valeu.   

Tive um chefe que fumava charuto... no meio do expediente. Ele era muito desorganizado, mas um gênio em criar cenários e pensar no futuro. Quando ele acendia o charuto, eu já podia contar que ia ficar com ele, pelo menos, duas horas. Ele divagava muito. Como qualquer pensador e sonhador, ele era pouco objetivo, mas profundamente inteligente e me levava sempre a repensar as coisas. Por ser bagunçado, era comum ver a mesa dele com dezenas de papéis empilhados e jogados sobre a mesa. Uma vez o charuto rolou entre os papéis e ele não viu... e a papelada começou a pegar fogo. Os sprinklers funcionaram e o prédio foi evacuado. Nada de grave aconteceu, mas naquele dia ele foi proibido de continuar fumando seus charutos, até porque os vizinhos de sala já não o aguentavam. Ele não era exatamente um chato, mas era difícil manter as coisas organizadas e fazer os projetos acontecerem no prazo, ele sempre pensava em mudar algo.

Felizmente essas histórias de chefes mala são poucas. Me atrevo a dizer que elas foram importantes porque me ensinaram "como fazer" e, principalmente, "como não fazer". Aprendi que devo agir com meus subordinados, e toda equipe, da mesma forma que eu gostaria que agissem comigo.

Uma vez, quando mudei de área, eu ganhei um livro chamado "Chefes Incríveis" de um dos integrantes da antiga equipe. Fiquei encucado pois sei que, como líder e chefe de equipes, sempre tenho muito o que aprender e desenvolver. Portanto, fui preparado para encarar a dedicatória, mas lá estava a frase mágica, escrita a mão, que massageou meu ego: "Chefes incríveis, como você".

Cada pessoa tem necessidades específicas, mas compartilho aqui uma confidência. Quando fui nomeado gerente pela primeira vez, em dezembro de 1990, eu não tive tempo de fazer cursos preparatórios. O processo de promoção foi muito rápido e eu tinha que mudar de cidade com família e papagaio, tudo corrido e muito louco. Pensei: "Como posso me transformar em um gerente de pessoas em menos de 30 dias?". Uma das decisões mais acertadas que tomei foi conversar com o máximo de gerentes possível. Foram reuniões pessoais e por telefone, sempre perguntando duas coisas: "O que você fez no seu primeiro ano como gerente e que faria diferente se tivesse a chance de começar de novo? Qual é o conselho mais importante que você pode dar para um gerente novato como eu?". Recebi conselhos valiosos.

A segunda ação foi a sorte de encontrar um livro mágico, que está esgotado nas lojas, infelizmente, mas todos os gerentes deveriam ler. Ainda é possível encontrar tal livro nos sebos. Chama-se "Sucesso com as Pessoas: A Teoria Z das Relações Humanas para o Aproveitamento Mútuo", em português. Em inglês o título é: "Success with People: The Theory Z Approach to Mutual Achievement". O autor é Willard I. Zangwill, Professor de Ciência de Administração da Universidade de Chicago, USA. Ele ensina, através de conselhos legais e casos práticos, que o sucesso do gerente depende de uma única coisa: o sucesso do funcionário. Cuide de fazer o seu time funcionar e todo o resto vai funcionar para você. O livro ensina como fazer isso.

Enfim, lembranças de outros tempos.


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domingo, 13 de outubro de 2013

Vivemos a maior transformação social da história da humanidade



Veja as duas fotos acima.

As duas fotos foram concebidas na Praça São Pedro, em Roma.

A primeira foto é de 2005, quando da passagem do corpo do Papa João Paulo II.
A segunda foto é de 2013, no anúncio do Papa Francisco. ,

Olhe bem a segunda foto. A primeira vista são FOTÓGRAFOS, simples pessoas tirando fotos.

Será que as pessoas vão guardar as fotos somente para elas? Provavelmente não. A grande maioria vai enviar de alguma forma as fotos para amigos e amigas, e postar nas redes sociais.

Nesse momento ele se tornarão COMUNICADORES.

No entanto, ainda considerando a maioria das pessoas, elas vão escrever um pequeno texto descrevendo o que estão vendo, sentindo, comentando o ambiente ao redor e falando a respeito das pessoas ao seu lado. E vão publicar nas redes sociais.

Nesse instante, eles serão JORNALISTAS.... TESTEMUNHAS da história.

Muitos vão descrever sentimentos e o momento único que estão vivendo. Vão citar percepções pessoais, valores sentimentais e até algumas confidências. E colocar tudo... nas redes sociais.  

Nesse momento, eles serão CONFIDENTES.

Todo o conteúdo postado será disponibilizado nas redes sociais, algumas plenamente públicas como o twitter, outras mais fechadas, como o facebook, porém todas de alcance global, sendo compartilhadas por milhões de pessoas, ultrapassando as barreiras geográficas, culturais e econômicas.

Nesse instante, eles serão verdadeiramente CIDADÃOS DO MUNDO.

As mensagens impactarão corações e mentes. Pessoas vão querer conhecer mais sobre o que está se passando naquele momento na Praça São Pedro, em Roma. Outros reavaliarão seus conceitos com o anúncio do novo papa e as mudanças em andamento na religião.

Nesse momento eles serão AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO... do mundo.

Que bom viver no mundo atual. Estamos diante da maior transformação (ou evolução) social da história da humanidade. Entender e viver isso depende de cada um de nós.

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domingo, 6 de outubro de 2013

As 3 formas dos CEOs participarem das redes sociais e seus benefícios


O estudo "The Social CEO: Executives Tell All", publicado em 2012 pela Weber Shandwick, é o melhor estudo que já vi sobre a presença dos CEOs nas mídias sociais. A pesquisa foi feita com 630 profissionais (de gerentes a VPs, com exceção dos próprios CEOs) sobre a participação dos CEOs no mundo digital social.

Estudos anteriores identificaram que os líderes empresariais têm pouca presença nas redes sociais
, por diversos motivos. Os impactos dessa ausência são grandes e o novo estudo da Weber Shandwick dá novos elementos para análise desse ambiente.

O estudo revela 9 "insights" da sociabilidade dos CEOs. Também oferece um bom guia dos 7 principais hábitos dos CEOs altamente sociais. Trata-se de uma inspiração para CEOs que querem partir para ação nas mídias sociais e não sabem como. Foi bom descobrir que, apesar da ausência dos CEOs nas mídias sociais abertas, eles estão bem presentes nas intranets e websites das empresas, embora sejam ambientes mais controlados e limitados.

Existem basicamente 3 formas dos CEOs participarem dos canais digitais sociais:
1- na INTRANET da empresa
2- no WEBSITE da empresa
3- nas MÍDIAS SOCIAIS abertas (como facebook, Twitter, LinkedIn, Pinterest, etc)

A presença do CEO na INTRANET da empresa melhora sensivelmente a REPUTAÇÃO INTERNA no ambiente de trabalho, colaborando para um ambiente mais TRANSPARENTE e com COMUNICAÇÃO mais GENUÍNA.

O CEO ativo no WEBSITE da empresa gera mais CREDIBILIDADE, colaborando para a melhora da REPUTAÇÃO EXTERNA da empresa.

Já o CEO nas MÍDIAS SOCIAIS traz INOVAÇÃO e constrói RELACIONAMENTOS mais GENUÍNOS e DURADOUROS, com seus clientes e sociedade.

Os pesquisados afirmaram que diálogos e comentários de CEOs nas mídias sociais têm mais credibilidade do que comentários dos mesmos CEOs na imprensa ou nos canais oficiais de comunicação da empresa.

A pesquisa indicou os seguintes benefícios (em ordem de prioridade) gerados pela presença do CEO em cada uma das 3 plataformas:

INTRANET DA EMPRESA

1- Boa forma para compartilhar notícias e informação: 90%
2- Bom canal para o CEO se comunicar com os funcionários: 82%
3- Dá uma face humana e personalidade para a empresa: 73%
4- Bom uso do tempo do CEO: 66%
5- Permite os funcionários se comunicarem com o CEO: 57%
6- Faz a empresa um lugar mais atrativo para se trabalhar: 57%

WEBSITE DA EMPRESA
1- Boa forma para compartilhar notícias e informação: 87%
2- Dá uma face humana e personalidade para a empresa: 76%
3- Impacto positivo na reputação da empresa: 67%
4- Bom uso do tempo do CEO: 59%
5- Aumenta a credibilidade da empresa no mercado: 57%

MÍDIAS SOCIAIS
1- Boa forma para compartilhar notícias e informação: 80%
2- Impacto positivo na reputação da empresa: 78%
3- Mostra Inovação: 76%
4- Dá uma face humana e personalidade para a empresa: 75%
5- Boa forma do CEO se comunicar com os funcionários: 75%
6- Ajuda o CEO em criar relacionamentos com a imprensa: 75%
7- Permite os funcionários se comunicarem com o CEO: 73%

O estudo evidenciou um ponto super interessante e que sempre acreditei. Foi bom constatar isso na pesquisa. Todos os benefícios gerados pela presença dos CEOs nas mídias sociais são amplificados quando os CEOs blogam. Atributos como Inovação, Reputação e Construção de Relacionamentos são amplificados quando o CEO é blogueiro.

85% dos pesquisados disseram que CEOs que blogam mostram INOVAÇÃO.

Falar em CEO blogueiro é sempre complicado. A grande maioria não contribui para blogs por diversas razões. Pesquisa da CEO.com no ano passado mostrou que 70% dos CEOs não têm rastro nas redes sociais. Apenas 6 CEOs das 500 Top Companies da Fortune contribuem para blogs, ou seja, um índice de apenas 1%. O mesmo estudo publicado em 2013 mostrou pouca evolução.

Existem razões evidentes para os executivos não blogarem. Um dos posts mais acessados que já escrevi chamado "10 motivos por que os executivos não blogam" aborda essa questão. Mas, no fundo, lá no fundo mesmo, os executivos pensam que eles têm coisas mais importantes para fazer do que estar pendurado nas redes sociais. Em suas mentes existe uma sensação de perda de tempo quando se fala em redes sociais.

O recente estudo da CEO.com mostra que o Twitter e o LinkedIn emergem como os principais canais de mídia social que os líderes empresariais estão adotando. Mesmo assim, quando analisamos o presença dos CEOs da Top 500 da Fortune no Twitter, muito deles estão presentes, mas com pouca atividade. Muitos estão... mas não estão. Enfim, esse é um caminho de aprendizado.

O fato é que já existe uma consciência (não dos CEOs ainda, talvez) das organizações que a presença de seus CEOs nas mídias sociais é relevante não só para a construção de um ambiente de trabalho mais transparente e sadio, mas também para melhorar a reputação e credibilidiade da empresa perante seus clientes e sociedade. CEO blogueiro ajuda a reputação e os negócios da empresa. Só falta agora os CEOs abrirem os olhos e abrir um tempinho na agenda.

Vale a pena ver outros índices da pesquisa da Weber Shandwick. Imprime o documento e embrulha para presente para o seu CEO.


 

Texto publicado no blog Ponto de Vista do Meio&Mensagem.


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