quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pesquisa: Retrato do uso das mídias sociais nas empresas brasileiras

Não é comum encontrarmos pesquisas no Brasil sobre o uso das mídias sociais pelas empresas. Portanto vamos saudar a pesquisa realizada pela Gentis Panel que traz um belo "snapshot" do que os brasileiros pensam a respeito do uso des tais mídias no ambiente de trabalho.

A Gentis Panel entrevistou 1.709 pessoas, de presidentes a estagiários em empresas. Eis os principais resultados:

77% dos entrevistados usam Facebook (dentro e/ou fora do trabalho)

50% dos respondentes têm o LinkedIn como a segunda rede mais acessada. Vale lembrar que as entrevistas foram feitas com um público corporativo

55% dos entrevistados são A FAVOR do uso de redes sociais em ambiente corporativo

80% dos que são A FAVOR, acessam as redes sociais mais de 3 vezes por dia. 46% dos que são CONTRA não utilizam nenhuma das redes sociais. Identificamos aqui uma tendência: quanto maior o uso de redes sociais, mais a favor ao uso dentro do ambiente de trabalho o indivíduo é. Da mesma forma, quanto menor a frequência de uso, mais contra ele é.

Motivos dos indivíduos serem A FAVOR do uso de redes sociais em ambientes corporativos:
80% - Colabora com networking entre profissionais e com a geração de novos negócios para a empresa
60% - Facilita a comunicação e a socialização entre funcionários
44% - Permite estar por dentro do que é falado sobre a empresa na web
43% - Ajuda a aliviar o stress do dia a dia por manter as pessoas conectadas com amigos e familiares

Motivos dos indivíduos serem CONTRA o uso de redes sociais em ambientes corporativos:
95% - As pessoas não conseguem separar o uso pessoal do uso corporativo. Perde-se muito tempo de trabalho com assuntos pessoais
31% - Facilita o vazamento de informações confidenciais para pessoas indevidas
31% - Aumenta o risco de exposição indevida da marca através de pronunciamentos indevidos de funcionários que não estão autorizados a falar em nome da empresa
31% - Fonte de informação desnecessária e irrelevante para o trabalho
26% - Fazem uma exposição pessoal das pessoas inadequada ao ambiente de trabalho
12% - Afasta as pessoas de um contato pessoal real mais produtivo e social (olho no olho)

63% das empresas têm algum tipo de regulamento quanto ao uso de redes sociais no ambiente de trabalho. Dentre os 63%, mais da metade alega que o regulamento oficial proíbe totalmente o uso. Pouco menos de 1/3 afirma também existir regulamento oficial, mas que proíbe o uso apenas para alguns funcionários da empresa.

A pesquisa constatou que as pessoas continuam usando as mídias sociais mesmo considerando a proibição das empresas em tal uso. O uso ocorre principalmente pelo celular. Usando apenas este perfil da empresa, o percentual de pessoas que usam cai de 66% para 47%, enquanto que o percentual que não usa sobre de 34% para 53%.

20% dos respondentes demonstraram ter certeza ou acreditar que já houve promoções, contratações ou demissões em função de avaliações de perfil nas redes sociais.

O objetivo mais citado pelos entrevistados na utilização das redes sociais nos ambientes corporativos foi: "descobrir informações sobre o mercado, concorrência e sobre os cenários que cercam minha empresa na web".

Acesse a pesquisa por inteiro AQUI. Ou acesse AQUI o infográfico publicado na VOCÊ SA.

A pesquisa não traz muitas novidades, mas seu grande valor é trazer números e confirmar alguns conceitos que eram mais intuição do que dados tangíveis. Tenho escrito aqui no blog que basta pesquisar na web ou conversar com líderes de empresas para descobrir facilmente as três principais barreiras que inibem uma maior adoção das mídias sociais pelas empresas. São elas: REPUTAÇÃO DA EMPRESA, SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO e PRODUTIVIDADE. Já escrevi muito sobre isso nesse blog. De todos os dilemas, o de mais difícil superação é PRODUTIVIDADE. Existe a clara percepção de que mídias sociais causam distração e a pesquisa confirmou isso.

Falar sobre a mistura do uso pessoal com o uso corporativo é muito questionável. Já fazemos isso com o telefone, internet, emails e outros recursos que as empresas oferecem. Cada vez mais as fronteiras são tênues. A adoção total das redes sociais pelas empresas é uma mera questão de tempo.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jogue o currículo fora, ele não serve para mais nada

Luiz é recrutador da empresa XYZ. Ele estava com a responsabilidade de contratar um determinado especialista para a empresa e, de repente, após 6 meses de longa busca no mercado, chegou em suas mãos um currículo que parecia ser a salvação da lavoura.

O candidato se chamava Eduardo. O currículo mostrava um nível super adequado de formação. Ele tinha experiência internacional, tendo atuado em duas empresas na Europa. Eram experiências curtas, é verdade, mas significativas. Eduardo se dizia autoditada, com disponibilidade para viajar bastante, capacidade para liderar times multifuncionais, sólido conhecimento em planejamento e perfil empreendedor.

Luiz pensou: "Ótimo, agora só falta uma coisa". E seguiu para o passo seguinte que era verificar a presença do candidato na internet. Isso agora é rotina na empresa de Luiz. Ele constatou que Eduardo era contribuidor de dois blogs nos quais escrevia sobre as áreas em que atua, sempre com boas e inteligentes colocações. Luiz sorriu, o candidato parecia perfeito. Porém, em questão de minutos, ele também descobriu que Eduardo tinha presença em vários outros meios na web. No Facebook, Eduardo contava as suas aventuras nas baladas da noite surgindo em algumas fotos com bebida alcoólica nas mãos, algumas delas em que ele parecia estar bêbado. No Twitter ele escrevia sobre qualquer coisa, muitas vezes usando palavrões e satirizando o comportamento de pessoas públicas, como artistas e políticos. Vasculhando um pouco mais, Luiz encontrou citações dele em alguns blogs e fóruns onde ele falava mal do empregador, inclusive contando alguns fatos internos das empresas onde trabalhou.

Luiz apresentou na empresa o currículo e o que achou na internet sobre o candidato. Aconteceram três reuniões sobre o caso, com discussões acaloradas, cuja conclusão foi a seguinte: "apesar do candidato ter o perfil profissional desejado, ele não atende ao perfil de pessoas que queremos ter dentro da empresa. Vamos continuar procurando outros candidatos".

Luiz telefonou ao candidato e explicou o ocorrido, falando com todo o tato possível. Eduardo alegou que a empresa investigou sua vida particular e que isso não havia sido legal. Luiz disse que ele estava enganado, que tudo que a empresa havia levantado era público, afinal tinha por base os registros e rastros que o próprio candidato havia deixado na web. O candidato se sentiu punido injustamente, dizendo que concordava que escreveu algumas coisas inadequadas na rede, mas que estava o tempo todo tentando apenas ser engraçado. Para ele, nada daquilo deveria ser levado a sério, pois havia sido apenas uma brincadeira.

O caso é complexo, apesar de simples. Existe uma distância enorme de percepção entre o que a empresa e Eduardo pensam. Para a companhia, o caso é grave, pois Eduardo é bom profissional, porém com questionável comportamento pessoal. Para o candidato, aquilo tudo na web era só uma brincadeira sem importância. O caso acima é verdadeiro. Obviamente que todos os nomes foram trocados. Situações como essa devem estar ocorrendo aos montes dentro das empresas.

Uma pesquisa conduzida pela Robert Half em 2011 mostrou que 44% das empresas brasileiras usam redes sociais para avaliar candidatos. 39% delas afirmam que falariam com o candidato antes de decidir sobre a contratação. Mas, o dado que mais me chamou a atenção foi saber que 17% das empresas brasileiras disseram que não deixariam de contratar um candidato com ótimo currículo devido a alguma informação negativa ou foto inadequada em seu perfil no Facebook, Twitter ou Orkut. Essa pesquisa ouviu 2.525 profissionais de 10 países. O Brasil e a Itália aparecem na pesquisas como as nações em que os empregadores são mais influenciados pelas redes sociais na hora da contratação.

Acredito fortemente que os currículos, como conhecemos hoje, estão com os dias contados. Num curto espaço de tempo, os recrutadores vão obter os perfis dos candidatos diretamente na web, analisando os rastros e comportamento deles na internet de maneira muito mais rigorosa e profissional do que fazemos hoje. Sistemas e ferramentas de análises de dados cada vez mais sofisticados estão ficando disponíveis e serão usados para isso. Aliás, isso já está acontecendo, mas o processo vai se acelerar e será dominante nos próximos anos. Não tem como escapar. Portanto, cada um de nós deveria traçar uma estratégia de presença na rede, ali é um arquivo vivo de nossas preferências, valores e crenças. E, atenção, tudo que a internet capturar, não dá para apagar.

Texto publicado no Estadão em 19/08/2012

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domingo, 26 de agosto de 2012

Criação do botão de PÂNICO no blog

Para dar mais velocidade de acesso ao blog AQO e mais flexibilidade para organizar minhas fontes de consulta, é com satisfação que anuncio o blog "ALIMENTO PARA O CÉREBRO". Tal blog nada mais é do que um repositório super especial de todas as fontes de consulta que costumo utilizar em meus estudos de comunicação, mídias sociais, marketing e comportamento.
Para dar destaque a ele, criei um botão vermelho de PÂNICO do lado direito do blog AQO. Sempre que precise reciclar seus conhecimentos, não se preocupe, aperte o botão de PÂNICO e vá alimentar o seu cérebro.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quatro casos pessoais e reais da minha vida de marketing e comunicação

As quatro situações abaixo são reais e... aconteceram comigo.


SITUAÇÃO 1
Eu apresentei o plano anual para a diretora, recentemente nomeada minha chefe. Ela olhou fixamente nos meus olhos. Eu gelei. Ela disse sem mexer um músculo da face: "Esse é o pior plano que já vi na minha vida. Falta ousadia. Falta criatividade. Não tem nada que eu possa aproveitar daqui". Pegou o documento e jogou no lixo exclamando: "Decepcionante". E deu as costas.

SITUAÇÃO 2
O presidente olhou o plano de marketing de lançamento de um produto e exclamou: : "Você está louco. Você acha que eu vou aprovar isso? É a proposta mais maluca que eu já vi na minha vida. A gente não faz isso aqui. O risco é enorme. O dinheiro que vocês estão pedindo é impossível. Vocês fumaram o que para fazer isso? Pode esquecer, o conselho nunca vai aprovar". Poucos dias depois a proposta foi aprovada quase na íntegra e deu super certo, tendo a empresa alcançado resultados surpreendentes.

SITUAÇÃO 3
O diretor quase subiu na mesa exclamando: "Sua ideia é boa, mas tem muito risco. Eu não banco. Eu nunca teria coragem de propor isso e por a empresa em risco. Você sabe como é. O sucesso tem muitos sócios, mas o fracasso tem sempre e, precisa ter, um culpado. Nesse caso será você. Eu não vou suportar isso". A proposta foi implementada e teve grande sucesso e repercussão. No ano seguinte o projeto ganhou prêmios de mercado como caso referência.

SITUAÇÃO 4
O diretor virou pra mim e disse: "Recolhe tudo". Eram centenas de cartazes espalhados pelo prédio. "Como você pode ter feito isso sem a minha aprovação? Olhe essa imagem. É chocante, de profundo mal gosto. Ofende os funcionários." No cartaz aparecia a imagem de um rinoceronte visto por trás, seu traseiro ocupava todo o espaço da peça de 60 por 80 cm, onde se lia: Vai encarar? Era uma campanha de desbucratização interna que acabava de ser lançada na empresa. Todas as peças foram recolhidas e jogadas no lixo.

São quatro experiências reais da minha vida... em quatro momentos bem diferentes, com chefes bem diferentes. Foram duas situações positivas e duas negativas. De todas elas eu saí com cicatrizes e aprendizados. Em todas eu tentei ser ousado, tentei esticar a corda ao máximo que pude e, em algumas delas, por falta de "ência" (competência, experiência e paciência), eu cometi erros básicos. Como posso lançar algo considerado ousado sem ter aprovado antes com meu chefe ou conseguir parceiros na aprovação do projeto?

Mas a maior lição que carrego na minha vida é a ousadia. Profissionais de Marketing e Comunicação precisam ser ousados, desafiar a organização, andar no fio da navalha, testar seus limites e resiliência. Qualquer organização espera isso de um profissional da área. Em marketing e comunicação é muito comum que o número de "não" e "talvez" seja maior que o de "sim". Faça você mesmo esse teste. Quantos "nãos" e quantos "sim" você recebe por semana? O sucesso, a sua capacidade de inovar e ser diferente tem a ver com essa pequena matemática.Link

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A.V.M.S. - Associação dos Viciados em Mídia Social.

Esse anúncio é antigo. Conheci em 2009, mas continua incrivelmente atual. Na verdade eu tenho conhecido cada vez mais colegas e amigos que não conseguem se desconectar das mídias sociais. Com a explosão dos gadgets, é bem comum encontrarmos Franks por aí, ou seja, ver alguém numa reunião com um smartphone escondido nas mãos, sob a mesa, olhando o facebook, pensando que ninguém está olhando. Parece uma doença.
Veja o vídeo de 2 minutos e meio, e conheça o Frank. Você vai se divertir.



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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um vídeo incrível, de 20 anos atrás, sobre o computador em nossas vidas

Eu não gosto muito de olhar o passado, mas muitas vezes ele sinaliza coisas interessantes. Em Abril de 1991 o programa Fantástico veiculou uma matéria mostrando como o computador iria revolucionar a vida das pessoas. Relembrar algumas das previsões é surpreendente, pois em duas décadas o avanço foi muito além do que o programa apresenta. A matéria também cita a Fenasoft, que na época era uma grande feira para venda de produtos de informática (era assim que chamávamos a tecnologia da informação na época) diretamente ao consumidor.

Veja que a matéria fala muito do equipamento computador, mas em nenhum momento cita a internet que naquela época era praticamente desconhecida de todos. Também nada foi falado da tecnologia celular ou transmissão sem fio.

Passados 20 anos, a grande revolução digital só deslanchou depois que a internet e a transmissão sem fio se tornaram viáveis comercialmente. Foram elas os grandes impulsionadores para a explosão digital em nossas vidas. Do que serve hoje um computador desconectado da rede? Hoje vivemos um novo momento. Estamos no início do ciclo chamado "social business", que vai nos levar a um novo patamar digital, numa nova onda de transformação da sociedade.

Não deixem de ver esse vídeo de 6 minutos até o final. Foi apenas há 20 anos atrás. Imagine os próximos 20 anos.



Ahhh.
Tem tempo ainda?
Então veja esse vídeo de apenas 2 minutos datado de 1969.
Incrível!!!!



Texto e vídeos publicados no blog da CRN

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Twitter é o canal social mais usado pelas empresas, mas Vídeo é o que mais cresce, diz pesquisa

Saiu o Global Social Media Check-up 2012. O estudo confirma que as empresas estão entrando mais fundo nas mídias sociais.

O estudo examinou o uso de mídias sociais em Fevereiro de 2012 pelas 100 Top Global Companhias da Fortune, a saber: EUA: 29 empresas, Europa: 45 empresas, Ásia-Pacífico: 23 empresas e América Latina: 3 empresas.

A grande maioria das empresas (87%) está usando pelo menos uma plataforma de mídia social.

Nunca as empresas tiveram tantas contas nas plataformas sociais como agora. O estudo apresentou a seguinte média: 10,1 contas no Twitter; 10,4 contas no Facebook; 8,1 contas no YouTube; 2,6 no Google Plus e 2,0 no Pinterest.

74% das empresas pesquisas têm, pelo menos, uma página no Facebook

93% das páginas corporativas no Facebook são atualizadas diariamente

48% da empresas já tem contas no Google... e 25% têm contas no Pinterest

Cada página corporativa no Facebook tem 6.101 pessoas participando.

79% das empresas pesquisadas tem canais no YouTube, o que eu acho sensacional. É um número de crescimento vertiginoso, já quem em 2011 esse índice era 57%.

82% das 100 companhias têm, pelo menos, uma conta no Twitter. Cada empresa foi mencionada, em média, 55.970 vezes no Twitter em 1 único mês.

Não surpreende que o Twitter ainda seja o canal mais usado pelas empresas, já que é o mais fácil de ser implementado, operado, controlado e menos exigido em termos de investimentos de recursos e dedicação. É um canal bom para experimentação e para os primeiros passos, apesar que blogs, Facebook, Google Plus e YouTube são canais muito mais poderosos e interessantes para quem deseja realmente criar estabelecer diálogo e criar engajamento.

As empresas estão correndo atrás para desenvolver engajamento.
79% das contas corporativas no Twitter realizaram retweets e @-mentions, e 70% das páginas corporativas no Facebook responderam comentários nos seus murais e timeline.

O mais legal do estudo é a verificação de 4 fatos, que até o ano passado eram apenas tendências:
- As empresas estão investindo forte nas mídias sociais, levando a sério;
- Elas abraçaram a criação de conteúdo de valor;
- Estão procurando desenvolver diálogos e relacionamentos;
- E entenderam que os diversos canais de mídias sociais se complementam, que cada um pode ter um papel diferente, mas devem coexistir e se somar.

Os consumidores, clientes e cidadãos estão entendendo isso. Desde 2011, o número médio de seguidores por conta no Twitter quase triplicou. Pulou de 6.076 para 14.709. No Facebook, o número médio de "Likes" por empresa aumentou 275% desde 2010, pulando para 152.646 "Likes" em 2012. Tudo isso num único mês.

Na minha opinião, o crescimento acelerado do uso do YouTube é a melhor notícia da pesquisa.

Acesso o estudo nesse LINK e/ou veja a apresentação abaixo. Vale a pena.



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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

70% dos Presidentes de Empresas tem presença ZERO nas redes sociais

Confesso que o estudo 2012 Fortune 500 Social CEO Index, publicado no CEO.com, me amedontrou. Esse índice foi criado para medir o quanto que os líderes empresariais estão usando as mídias sociais.

O método de trabalho da pesquisa foi bem simples. Eles mapearam os Presidentes (CEOs) das 500 Top Companies da Fortune e buscaram pela presença de cada um deles nas principais redes sociais. Basicamente eles olharam Twitter, Facebook, linkedIn, Google+, Pinterest, Wikipedia e blogs.

O resultado mostrou alguns números interessantes:

70,3% dos CEOs não tem NENHUMA presença nas redes sociais.

29,7% dos CEOs tem presença em pelo menos 1 rede social.

57,2% dos CEOs que tem PRESENÇA em pelo menos uma rede social contribui para um BLOG ou tem sua própria entrada na Wikipedia.

Apenas 19 dos 500 CEOs (ou seja, 3,8%) têm perfil no Twitter. Enquanto 9 deles são ativos no Twitter (emitiram 1 tweet nos últimos 100 dias), 5 outros nunca emitiram um único tweet.

38 dos 500 CEOs
(7,6%) estão no Facebook. Enquanto 25 deles têm menos de 100 Amigos no FB, apenas 2 CEOs têm mais de 500 Amigos.

129 CEOs (25,9%) têm perfil criado no LinkedIn. Surpreendentemente 36 CEOs tem zero ou apenas 1 conexão no LinkedIn. Por outro lado, 10 CEOs têm mais de 500 conexões no LinkedIn.

Nenhum CEO tem perfil no Pinterest

183 CEOs (36,7%) têm seu próprio perfil criado na Wikipedia.

6 CEOs (1,2%) contribuem para blogs

Os mais notáveis CEOs em termos de PRESENÇA SOCIAL são: Rupert Murdoch, Michael Dell e Warren Buffet.

Os números incomodam pois evidenciam que os líderes das maiores empresas ainda não entenderam a relevância e o potencial das redes sociais nos dias de hoje.

Num post que publiquei em 2011, eu comentei a respeito de um estudo chamado "Socializing your CEO: from (un)social to social", produzido pela Weber Shandwick. Esse estudo analisou as atividades dos CEOs das 50 maiores empresas do mundo e concluiu que a grande maioria dos CEOs estão muito distantes das redes sociais.

Existem razões evidentes para os executivos não blogarem. Um dos posts mais acessados que já escrevi chamado "10 motivos por que os executivos não blogam" aborda essa questão. Mas, no fundo, lá no fundo mesmo, os executivos pensam que eles têm coisas mais importantes para fazer do que estar pendurado nas redes sociais. Em suas mentes existe uma sensação de perda de tempo quando se fala em redes sociais. Reconheço que os blogs e as redes sociais têm um enorme poder de causar distração, mas não podemos negligenciar o poder de comunicação, relacionamento e engajamento que tais mídias oferecem. O estudo citado cima da Weber Shandwick apresenta 6 regras básicas para que os CEOs melhorem sua reputação social. Vale a pena ver.

Enfim, veja abaixo mais detalhes da excelente e surpreendente pesquisa do CEO.COM:



Texto publicado no blog da CRN

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