sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Retenção de Talentos 2.0

Texto meu publicado no blog Foco em Gerações que reproduzo abaixo.

De um tempo para cá, e isso foi criado pela própria mídia, basta a gente colocar um “2.0” no final de qualquer coisa e tudo parece que fica mais moderno. O fato é que o “2.0” tem uma ligação quase instantânea com a geração Y, a chamada geração do milênio. O “2.0” nos leva a pensar em interatividade, online, integração e colaboração.

Existem toneladas de artigos na imprensa e na web a respeito da geração Y. A grande maioria delas falando sobre as características, desejos e ansiedades dessa nova geração. O que me incomoda é que existem poucos relatos de experiências e práticas. Só vejo muita teoria. Seria ótimo se pudéssemos ver mais relatos de casos práticos nas empresas com esse pessoal, independentemente se bem ou mal sucedidos. Teríamos uma oportunidade enorme de aprendizado se cada um de nós, gestores das empresas, compartilhássemos mais algumas experiências.

Um dos maiores desafios da nova geração nas empresas é a RETENÇÃO DE TALENTOS. Atender essa juventude ansiosa, apressada, ambiciosa e sedenta por novas experiências é algo complicado. Essa é uma luta constante que temos na IBM Brasil onde temos contratado uma média de 10 novos profissionais por dia nos últimos 3 anos, considerando que mais da metade da força de trabalho de quase 20 mil colaboradores têm menos de 30 anos de idade.

Um dos bons materiais que já vi sobre isso é o livro “Keeping Good People Strategies for Solving the Dillema of the Decade”, lançado no Brasil pela Makron Books, cujo autor é Roger Herman. O livro é muito bom pois apresenta uma lista completa de sugestões e atenções que devemos ter para reter os talentos com que trabalhamos. É quase uma bíblia para mim.

Para facilitar as coisas, eis abaixo o resumo do livro. Obviamente que é um menu no qual cada um vai pinçar o que achar mais adequado. Senti falta de algo que considero fundamental para os talentos da geração do milênio: o fomento de atividades ligadas ao meio ambiente, responsabilidade social e cidadania. Essa nova geração é muito conectada a isso e, portanto, o desenvolvimento de iniciativas ligadas à cidadania ajuda muito na retenção dos jovens talentos.

Good luck!!!

Retenção de Talentos
Sumário do livro: Keeping Good People Strategies for Solving the Dillema of the Decade – Makron Books - Autor: Roger Herman

ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS

COMPARTILHE UMA VISÃO COMUM
Defina com clareza uma visão que todos os funcionários possam seguir. Faça do processo de redação da visão um trabalho de equipe. As pessoas apóiam o que ajudaram a criar.

VALORIZE CADA INDIVÍDUO
Reconheça o que cada pessoa é e o que ela pode se tornar. Valorize as contribuições que cada um faz à organização e aos colegas.

TRABALHE COMO UMA EQUIPE
Assim, uma quantidade maior de trabalho pode ser realizada. Encoraje a cooperação, o networking, o compartilhamento e a camaradagem.

PROPORCIONE ESTABILIDADE, SEGURANÇA E RISCO
Organizações que valorizam demais a estabilidade tornam-se lentas, resistentes à mudança e ao crescimento. As que valorizam demais o risco tornam-se vulneráveis. Estabeleça um equilíbrio razoável entre risco e estabilidade.

PROÍBA QUALQUER TIPO DE DISCRIMINAÇÃO
Se as pessoas acreditam que estão sendo discriminadas, elas deixarão a empresa em busca de um ambiente mais receptivo.

FACILITE UMA SENSAÇÃO FAMILIAR
Em uma família, as pessoas estabelecem fortes alianças entre si e compartilham responsabilidades.

LEALDADE É UMA VIA DE MÃO DUPLA
Se você espera que as pessoas sejam leais a você, deve ser leal a elas. Apoie-as quando precisarem de ajuda. Seja compreensivo quando alguém erra de maneira honesta.

ESTAMOS AQUI PARA O CLIENTE
As empresas de sucesso são aquelas orientadas para o cliente. Dê autoridade aos funcionários para que façam a coisa certa pelo cliente.

TORNE O TRABALHO DIVERTIDO
Funcionários felizes são funcionários produtivos. Crie e mantenha um ambiente onde as pessoas possam gostar de trabalhar.

NÃO TOLERE PESSOAS INADEQUADAS
Muitas vezes, temos a tendência de não despedir funcionários inadequados na hora certa.

ESTABELEÇA POLÍTICAS CLARAS E ADMINISTRE-AS DE MANEIRA UNIFORME
As pessoas devem compreender exatamente quais são as políticas da empresa, porque foram estabelecidas e com que rigidez serão aplicadas.

OFEREÇA OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO
Se não houver oportunidades na sua empresa, os funcionários irão, naturalmente, buscá-las em outro lugar.

PARTILHE INFORMAÇÃO
Estabeleça uma política clara para proporcionar às pessoas as informações que necessitam para tomar decisões e concretizar suas tarefas.

ESCOLHA OS FUNCIONÁRIOS COM CUIDADO
Na contratação, conduza entrevistas e verifique referências para identificar as pessoas com poucas chances de êxito no cargo.

EQUIPE AS PESSOAS PARA QUE SEJAM PRODUTIVAS
Dê às pessoas o que necessitam para atingir sua produtividade máxima e elas darão os resultados que você espera.

RESPONDA ÀS QUEIXAS COM SOLUÇÕES
Quando alguém reclamar de algo, responda com rapidez, interesse e empatia.

ESTRATÉGIAS DE RELACIONAMENTO

COMPREENDA OS VALORES E PADRÕES ÉTICOS
Cada um de seus funcionários cresceu aprendendo um certo conjunto de valores. As pessoas cujos valores conflitam com os de outras pessoas da empresa poderão sair em busca de um ambiente mais favorável.

RESOLVA OS CONFLITOS
Aja imediatamente em resposta a conflitos que se desenvolvam entre seus funcionários.

OFEREÇA RECONHECIMENTO
Demonstre reconhecimento e dê crédito pelo bom trabalho das pessoas, regularmente.

EQUILIBRE O ELOGIO E A CRÍTICA
O excesso faz com que o elogio perca seu impacto e que a crítica faça as pessoas associarem sentimentos negativos ao ambiente de trabalho.

SEJA ACESSÍVEL
Uma política de portas abertas é boa, se as pessoas se sentem confortáveis para entrar em sua sala. Caso contrário, quebre a formalidade para que os membros de sua equipe conversem com você.

DÊ O EXEMPLO
Se você é um líder, por posição ou por relacionamentos, as outras pessoas irão observar suas ações e seguir sua liderança.

NÃO CRITIQUE AS PESSOAS O TEMPO TODO
Os bons funcionários sentem que são competentes em seu trabalho. Se você quiser saber como as tarefas estão progredindo, peça às pessoas que informem de maneira positiva.

ESTRATÉGIAS ORIENTADAS À TAREFAS

REMOVA BARREIRAS AO CUMPRIMENTO DE TAREFAS
Ouça seu pessoal com atenção para identificar barreiras percebidas. Remova essas barreiras imediatamente.

AJUSTE AS TAREFAS EM FUNÇÃO DAS HABILIDADES, PONTOS FORTES E TALENTOS
Cada indivíduo possui um conjunto único de conhecimentos, habilidades e atitudes. Para utilizar esses recursos, permita aos funcionários modificar a forma como o trabalho é feito.

MANTENHA AS PROMESSAS
Se tiver que fazer algo diferente do que as pessoas esperam, explique a mudança. A perda de credibilidade leva à perda de lealdade.

DEFINA PAPÉIS
Para ter o desempenho esperado, as pessoas precisam ter suas responsabilidades definidas com clareza.

DEFINA RESPONSABILIDADES
Ao atribuir responsabilidade por uma tarefa, atribua também a responsabilidade pelo resultado final. Percebendo que suas reputações estão em jogo, os bons funcionários superam as expectativas.

DEFINA AUTORIDADES
As pessoas trabalham melhor quando têm o poder de tomar decisões, acessar informações, controlar recursos e planejar como o trabalho será feito.

ENCORAJE A INICIATIVA
Para que as pessoas tomem a iniciativa, elas devem acreditar que possuem responsabilidade e autoridade.

SAIBA O QUE AS PESSOAS ESTÃO FAZENDO
As empresas perdem bons funcionários quando eles não sentem interesse por parte da gerência no que estão fazendo. Permaneça envolvido.

RESPONDA QUANDO SOLICITAREM APROVAÇÃO OU ORIENTAÇÃO
As pessoas recorrem a seus superiores e pessoas a quem valorizam para obter feedback.

VALORIZE O TRABALHO ROTINEIRO E CONSISTENTE
Agradeça às pessoas que realizam seu trabalho de maneira confiável e consistente.

FAÇA CONTRATOS DE DESEMPENHO
Defina verbalmente o que um funcionário deve fazer sob contrato para você e para a empresa e que remuneração, benefícios e outros apoios lhe serão oferecidos em troca.

ESTRATÉGIAS DE REMUNERAÇÃO

DEMONSTRE O VALOR PLENO DA REMUNERAÇÃO
A maioria dos funcionários não vê o quadro geral das compensações monetárias e não-monetárias de seu trabalho. Ofereça-lhes informações detalhadas.

OFEREÇA OPORTUNIDADES DE INCENTIVO
Maximize o desempenho das pessoas criando oportunidades de incentivo em todos os níveis da organização, relacionados ao nível de responsabilidade ou contribuição.

REMUNERE OS FUNCIONÁRIOS DE ALTO POTENCIAL / BAIXA HABILIDADE COM UM SISTEMA BASEADO EM HABILIDADES
Quanto mais habilidades um funcionário acumula, maior deverá ser sua remuneração. Os ganhos per capita nesse sistema são altos, mas são compensados pelo aumento de produtividade e qualidade.

ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL

OFEREÇA MATERIAIS DE APRENDIZADO PARA CRESCIMENTO PESSOAL
Disponibilize materiais de aprendizado para que os funcionários continuem seu desenvolvimento pessoal e/ou profissional.

FAÇA COM QUE OS TREINANDOS REPASSEM SEU APRENDIZADO A OUTROS
Quando sua empresa financia um curso externo para um funcionário, convide-o a partilhar os principais pontos aprendidos com as outras pessoas.

AUXILIE AS PESSOAS A CRESCER NO EMPREGO
Prepare seu pessoal para maiores responsabilidades ou posições na empresa.

ATRIBUA PROJETOS ESPECIAIS
Dê oportunidades para que as pessoas ampliem seus conhecimentos, perspectivas e experiências através de projetos especiais.

FORME COMPETÊNCIAS
Compare a capacidade atual do funcionário em relação às exigências futuras. Desenvolva um plano para que ele desenvolva sua capacidade profissional.

OFEREÇA OPORTUNIDADES PARA O CRESCIMENTO
Os funcionários esperam por promoções, oportunidades de colocar seus novos conhecimentos em prática ou, pelo menos, atingir um maior status na empresa. Não os desaponte.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Use as Redes Sociais com moderação. A vítima pode ser você

Uma mulher canadense está de licença do trabalho desde o ano passado. Ela foi diagnosticada com uma grande depressão e estava recebendo um valor mensal de benefício da seguradora Manulife, uma das maiores do Canadá.

Neste último trimestre de 2009 ela parou de receber o benefício. Ao entrar em contato com a Manulife, ela soube que os pagamentos foram suspensos por conta de suas fotos no Facebook, onde aparentemente parece estar se divertindo. Tem fotos dela num bar, em sua festa de aniversário e num dia ensolarado na praia. Segundo a seguradora, as fotos mostram que a mulher já está curada. A mulher vai tentar recorrer dessa decisão alegando que tentou se divertir por orientação médica. Acesse AQUI para saber mais detalhes.

Daqui podemos tirar duas lições:
1- Use as redes sociais com moderação. Ela é uma janela aberta para sua vida pessoal.
2- Se estiver deprimido, evite a praia, não entre num bar e nunca, nunca mesmo, comemore seu aniversário.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os desafios do e-commerce

Recebi o convite para escrever para a coluna Ponto de Vista da revista da ESPM. Fiquei muito orgulhoso pois esta é uma revista onde sempre aprendo muito, e ser convidado para colaborar é uma honra e tanto. Enfim, o assunto foi e-commerce. O maior desafio foi o tamanho do texto, se pudesse eu ocuparia pelo menos o dobro do espaço disponível.
Veja abaixo o artigo publicado na revista da ESPM, edição de set/out de 2009 (edição 5, ano 15, volume 16).

Os desafios do e-commerce

Alguns estudiosos dividem o relacionamento cliente-empresa em três fases: no relacionamento 1.0, que surgiu na Revolução Industrial e permeou quase todo o século XX, as empresas eram as donas da verdade e os clientes se sujeitavam ao que elas ofereciam. O relacionamento 2.0 foi uma fase de transformação, o cliente passou a ter voz ativa e começou a estabelecer um diálogo de igual para igual com a empresa. Agora surge o relacionamento 3.0 que inverte esse modelo. O poder está com o cliente e é ele que determina o que deseja.

O que está por trás disso? A tecnologia da informação. Ela vem impondo transformações radicais na sociedade, mudando a forma como as empresas se comunicam e se relacionam com os clientes, que passam de coadjuvantes a protagonistas.

Provavelmente o maior impacto nessa relação veio da web, que virou o mercado, o corredor do shopping e a loja. O relacionamento foi democratizado e clientes de diferentes classes sociais foram colocados no mesmo patamar, usando a web para adquirir todos os tipos de produtos, dos mais simples aos sofisticados.

O e-commerce estabeleceu um novo modelo de compra: sem fronteiras, sem hora para fechar, sem vendedor, num ambiente interativo e multicultural. Este cenário exige que as companhias desenvolvam estratégias comerciais e de marketing muito mais ousadas e diferenciadas para atrair e fidelizar clientes. Mas a web, mais do que conveniência, vem permitindo uma transformação nos modelos de negócios, gerando oportunidades únicas. A e-Bay, por exemplo, tinha por objetivo ser o maior leiloeiro online para colecionadores e, hoje, media qualquer tipo de bens. A Amazon.com queria ser a maior livraria na internet e agora pretende ser a maior loja online do mundo.

Uma pesquisa realizada pela consultoria de comércio eletrônico e-bit mostrou que no Brasil as compras feitas pela internet, no primeiro semestre deste ano, somaram R$ 4,8 bilhões, 27% a mais que na primeira metade de 2008. A entrada de dois grandes varejistas no e-commerce fez diferença: o Wal-Mart iniciou suas vendas pela internet em outubro de 2008; e, em fevereiro, as Casas Bahia investiram R$ 3,7 milhões no lançamento da loja virtual.

O boom do e-commerce varejista está diretamente ligado ao desempenho da economia brasileira. Segundo o estudo E-Readiness 2009, realizado pela IBM em parceria com a Economist Intelligence Unit, o Brasil é um dos países que apresentam melhor cenário macroeconômico e de oportunidades de negócios para o comércio eletrônico. Isso se deve ao alto índice de empreendedorismo do país, à melhora do poder de compra da população, ao aumento da inclusão digital e à evidente aptidão dos brasileiros no uso da internet.

A sociedade digital criou o consumidor global: mais informado; que sabe o que procura; se informa através de redes sociais; exige qualidade, preço e rapidez; influencia e não tem medo de colocar a boca no trombone. E aí vem o grande desafio do relacionamento 3.0: como se relacionar com esse novo consumidor global?

Um primeiro passo seria as empresas entenderem como tirar vantagem das redes sociais na relação com os clientes. As companhias ainda estão tateando nesse ambiente, onde os clientes se organizam e mudam de paradeiro num segundo, numa atmosfera aparentemente caótica e imprevisível. Esse cenário apocalíptico reflete uma nova era comercial, na qual as empresas viverão em constante mudança, adaptando-se às marés da nova sociedade digital: a da geração Y.

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sábado, 21 de novembro de 2009

Lições de Liderança no Campeonato Brasileiro de Futebol

Vejam a final do Campeonato Brasileiro de Futebol. Três times disputam o título do Brasileiro: São Paulo, Flamengo e Palmeiras.

O terceiro colocado, Palmeiras, parece um barco entrando água por todos lados. Na metade do campeonato o Palmeiras estava na primeira posição, chegou a ter 7 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. De repente, entrou numa espiral decrescente, perdeu sucessivas partidas importantes e hoje ocupa a terceira posição com poucas possibilidades de retornar para a liderança do campeonato. Seu técnico e líder da equipe, Muricy Ramalho, é um vencedor conquistador de títulos. No entanto, ele também é conhecido como um cara durão, rabugento, eternamente insatisfeito, vive de cara fechada , altamente competitivo e que coloca os jogadores em permanente estado de pressão e stress. Será que a situação do time do Palmeiras é reflexo deste estilo? Será que ao colocar pressão demais o time do Palmeiras começou a bater pino? Uma possível evidência foi na partida Palmeiras versus Grêmio quando dois de seus jogadores Maurício e Obina brigaram em campo, trocaram tapas e foram expulsos. Quantas vezes você já viu jogadores do mesmo time trocando sopapos dentro de campo?

O segundo colocado, Flamengo, tem uma história interessante. O time ficou na parte baixa da tabela de classificação até a metade do campeonato, quando então trocou de técnico. Entrou Andrade, carinhosamente apelidado de tromba dentro do clube. Andrade foi criado no Flamengo, foi jogador e símbolo do clube, considerado craque, e desde que pendurou as chuteiras vem atuando como auxiliar de todos os técnicos que dirigem o time. Em resumo, Andrade e Flamengo são uma coisa só. Ele assumiu o posto e optou por falar pouco, como sempre fez, trabalhando nos bastidores e construindo um espírito de time. Quando falava para a imprensa, falava sempre com humildade, enaltecendo o grupo. Andrade é conhecido por falar com todos os jogadores de forma calma, por gostar de ouvir opiniões, além de ter um estilo onde integração e colaboração são palavras de ordem. Em pouco tempo o time recuperou a auto-estima. Os jogadores se tornaram clones de Andrade, quando falam sempre se expressam com humildade, falam sempre do time e do espírito de luta. O resultado foi imediato. O time começou a vencer quase todos os seus jogos, com confiança, porém mantendo o clima de humildade. Ou seja, o estilo integrador do técnico fez surgir no Flamengo a equipe com maior auto-estima nesta reta final do campeonato.

Já o São Paulo parecia ser a equipe mais equilibrada até duas semanas atrás. Tendo a tradição de vencer os últimos campeonatos brasileiros, o São Paulo sempre aparenta estar seguro de estar no caminho certo. O grande risco parece ser o excesso de confiança, ou até um pouco de arrogância, o que pode ser desastroso nessa reta final. A pressão nas duas últimas semanas pode ter trazido algum desequilíbrio emocional para a equipe. A evidência foi o comportamento do VP do clube e do discreto técnico Ricardo Gomes, que criticaram publicamente a polêmica decisão do STJD de punir os jogadores Jean, Borges e Dagoberto através de suspensão de algumas partidas por faltas desleais. Esse tipo de comportamento é negativo, pois cria um clima de que existe uma conspiração contra o São Paulo, gera desequilíbrio na equipe e perda de foco no que interessa, que é jogar bom futebol e ganhar os jogos que faltam. Aliás, já existem tais sinais, como ficou claro na partida São Paulo versus Vitória, quando dois de seus jogadores, Hugo e André Dias, discutiram em campo e foram punidos com cartão amarelo (fiz esta correção no post original pois erroneamente escrevi que eles haviam sido expulsos de campo).

Enfim, o comportamento e performance dos times, e seus respectivos resultados, parecem refletir os estilos e as atitudes de suas lideranças. Nesse contexto, quem parece viver o melhor momento é o Flamengo. O pior, sem dúvida, é o Palmeiras. Já o São Paulo, bem o São Paulo vive o momento do São Paulo...

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Brasil levanta vôo

Eu vivo falando para as pessoas que as duas próximas décadas serão maravilhosas para o Brasil. Acredito firmemente nisso. Apesar de todos os problemas que o país vive no dia a dia, estamos diante de um crescimento vertiginoso, onde a nossa sociedade vai passar pela maior transformação de nossa história. E vai ser muito bom. Eu estou entusiasmado com o Brasil, as possibilidades e o futuro.

Eu fiquei muito feliz com a capa da edição de 14 de Novembro da revista The Economist. Ela é emblemática. Ela representa a nova visão que o mundo tem e espera do Brasil. Aliás, não é só a capa não. A matéria é muito boa e ocupa 14 páginas. A revista diz que o Brasil deve se tornar na próxima década a quinta maior economia do mundo, desbancando o Reino Unido e a França. São Paulo será a quinta cidade mais rica do mundo. Acesse AQUI um áudio interessante com o autor da matéria, que é o correspondente da The Economist no Brasil, John Prideaux.

Para motivar você, e transformá-lo em um brasileiro mais entusiasmado, que nem eu, eis um pequeno "souvenir" do país onde você vive.

O Brasil é o único país, em todo mundo, independente em alimento, energia e água. Não dependemos de nenhum outro país nestes quesitos. É este trio que vai determinar quais serão os países mais ricos nas próximas décadas. Anota aí: o Brasil já é o país mais rico do mundo, só que a gente ainda não sabe disso. Ou, melhor, ainda não temos consciência disso. Estamos todos sentados no maior tesouro do planeta.

O Brasil tem cerca de 15% de todas as reservas mundiais de água doce. A Rússia tem 8%, a China tem 5% e a Índia 3%.

O Brasil tem 22% de toda terra arável do mundo. Nós somos os celeiros do mundo. Apenas 17% da terra arável do Brasil é ocupada por plantações. Menos de 1% dela é usada para biocombustíveis.

O Brasil é auto-suficiente em petróleo. Com as descobertas do pré-sal, as reservas brasileiras que eram de 13 bilhões de barris, aumentaram para 33 bilhões de barris. Além destas, existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100 bilhões de barris.

Só isso já nos posiciona como uma terra abençoada. Só isso já seria suficiente para a gente levantar do berço esplêndido.

Mas tem mais, se você tiver paciência de ler...

Hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor agrícola mundial e o primeiro entre os países emergentes. É o maior produtor de cana-de-açúcar, suco de laranja, café e etanol. Nós somos os maiores exportadores do mundo de soja, café, frango e carne.
No mercado de carnes, 30% das exportações mundiais serão controladas pelo Brasil até 2017. O Brasil também vai superar os EUA e vai controlar o mercado de soja no mundo. Já somos o maior produtor de café do planeta, responsável por 30% do mercado internacional, e também, já somos o segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos.
O Brasil alimenta o mundo.

O Brasil é o terceiro país do mundo em telefones celulares (mais de 165 milhões), é o terceiro consumidor em cosméticos, é o quarto em chocolate, é o quinto em PCs e o sexto em automóveis. Temos um mercado interno pujante.

O Brasil tem a quinta maior população do mundo.
De 1993 a 2007, o percentual da classe média saiu de 31% para 50%, o que significa que mais de 33 milhões de pessoas entraram na classe média.
A previsão é que até 2020 um total de 8,8 milhões de brasileiros deixarão as classes D e E.

Em 1980, a idade média da população brasileira era 20 anos de idade. Em 2010, será de 29 anos. Ou seja, em plena idade produtiva. Em 2040, a mediana será 42 anos de idade.

Em 2000, um carro popular custava aproximadamente 159 salários mínimos. Hoje, se gasta 63 salários mínimos.

Em 2009, o Real é a moeda que mais se valorizou frente ao dólar no mundo.

Em 1990, as reservas internacionais do Brasil eram de apenas 9 bilhões de dólares. Em 2009, são 214 bilhões.

Em 1990, a dívida externa do Brasil era de U$ 124 bilhões. Em 2008, o Brasil se tornou credor externo líquido. Em julho de 2009, o Brasil emprestou U$ 10 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

E as empresas brasileiras?

A InBev(Ambev) tem 25% de market share mundial em cervejas. Ou seja, de cada 4 cervejas que alguém toma no mundo, uma é da InBev.

A Cutrale é a maior produtora de suco de laranja do mundo.

A JBS-Friboi é a maior produtora e exportadora de carne bovina e derivados do mundo

A Brasil Foods (leia Sadia e Perdigão) é maior exportadora de frango do mundo.

Petrobrás? Bem, nem precisa dizer...

Vale. É a maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo.

Embrapa. É líder mundial em pesquisa aplicada na produção nas área da agricultura e pecuária.

Aracruz: a maior produtora de polpa de eucalipto e celulose do mundo.

Embraer: líder mundial na produção de aviões de porte regional.

Marcopolo. É o maior fabricante de carrocerias de ônibus do mundo.

E tem mais. Tem a Springs Global, a Gerdau, a Weg, isso sem falar nos bancos.

O Brasil vive um momento muito especial de sua história. Um momento de relevância mundial. Não é por acaso que a Copa do Mundo e as Olimpíadas serão no Brasil. E em 2014 e 2016 o Brasil já estará voando...

Você ainda não acredita no Brasil? Vou contar um segredo: Deus é brasileiro.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que é sucesso para você?

Texto meu publicado no blog Foco em Gerações que reproduzo abaixo.

O que é sucesso para você?

Essa foi uma pergunta que sempre me perseguiu e me persegue até hoje. Na verdade, a pergunta original é mais abrangente: o que eu quero da vida para mim? Essa questão, aparentemente filosófica, deveria ser a pergunta da vida de cada ser humano. Não sou da linha do “deixa a vida me levar” do Zeca Pagodinho, mas acho que a maioria das pessoas caminha por esta estrada.

A minha geração foi evangelizada para o sucesso baseado no binômio “carreira sólida no trabalho” e “família estruturada”. Carreira sólida no trabalho significa ter um emprego estável, numa empresa “boa”, com carteira assinada e alguma especialização. Família estruturada significa casamento “até que a morte os separe”, de papel passado e com filhos. Junte tudo isso e acrescente uma casa própria para a fórmula da felicidade ficar completa. Essa era a vida “sonho de consumo” do passado.

Olhando todos os dilemas da vida moderna, eu fico me perguntando se esta fórmula de sucesso ainda vale para os dias de hoje.

Certamente, para a geração mais nova, essa proposta de vida não vale mais. Talvez a grande mudança seja o sentimento de realização. Estou falando de realização pessoal e profissional. E, neste contexto, os tais “carreira sólida’ e “casamento de papel passado” parecem não fazer mais tanto sentido assim. Até porque os futurólogos de plantão dizem que o emprego formal vai diminuir e que o “casamento amarrado pelo papel” está sob abalos sísmicos acima de 10 graus da escala Richter. Hoje em dia, a gente fica junto para ver primeiro o que acontece, depois a gente pensa no casamento, se pensar.

Acredito que a grande diferença entre a minha geração e a geração mais nova é que nós vivíamos para construir o futuro, enquanto a geração Y vive para fazer o presente.

Minha geração sempre fez tudo com base num futuro melhor. E a fórmula do futuro, já falada, era:
Futuro = “carreira sólida” + “família estruturada” + “casa própria”.

A prioridade da geração Y é… viver. Claro que com um futuro legal e com realização, mas um futuro muito mais próximo do que um futuro de longo prazo. Poderíamos até dizer que esta geração também quer construir um futuro, mas um “futuro pertinho”.

Vivo ainda me questionando sobre o que eu quero da minha vida. O sentimento de realização é muito particular para cada um de nós. A sensação de se sentir pleno e realizado parece ser uma busca quase inalcançável, o que gera frustação e conflitos. Por outro lado, cada vez que conquistamos algo, nós já pensamos na próxima conquista. Somos seres insaciáveis por conquistas, o que faz o homem ser, provavelmente, o animal mais infeliz da face da Terra.

Colocamos como prioridade de vida comprar um carro, depois queremos comprar uma casa, depois queremos viajar para o exterior, e, sendo assim, a busca por conquistas não termina nunca. Queremos sempre algo mais. A geração mais nova aparenta ser menos preocupada com essas conquistas, aparentemente, voláteis. Posso até estar enganado, e quase sempre estou, mas eles estão muito mais antenados com o propósito de suas vidas do que com a caneta Montblanc.

Enfim, olhe-se no espelho e responda:
Qual é a vida que você está buscando?
Qual é o propósito de sua vida?
O que é sucesso para você?


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ninguém entende nada de redes sociais nas empresas

No mês passado eu participei de um painel sobre Redes Sociais na Futurecom. A mediadora foi Renata Fan e o painel contou com 9 participantes, além da própria Renata. Todos eram estudiosos e supostos conhecedores do tema. Acho que o painel durou mais de 1h20 de excelente debate, com boas discussões e evidente interesse da platéia, o que me surpreendeu, já que estávamos falando de uma sessão que acontecia no último horário do último dia do evento, período que tradicionalmente rola o espírito de "fim de festa".

O painel serviu para constatar algo que eu já tenho na cabeça faz tempo: ninguém entende nada de redes sociais nas empresas, eu inclusive, me incluo neste time "com louvor". Somos todos aprendizes e curiosos do assunto.

O universo das pessoas que discute redes sociais atualmente é formado por muitos teóricos e especialistas de última hora, falando mais pela percepção pessoal do que por alguma experiência prática realmente relevante. Aliás, sugiro que sempre quando você conversar com um suposto especialista, pergunte a ele pelas suas credenciais, pergunte se ele tem um blog, qual rede social ele participa e quantas horas por dia ele gasta em relações virtuais. Se ele falar que conhece redes sociais nas empresas, pergunte se na empresa onde ele trabalha o acesso é livre às redes sociais, se existe política corporativa e qual é o papel dele na gestão disso dentro da empresa. Enfim, desafie ele.

Em resumo: ninguém entende nada desse mundo novo de redes sociais. Estamos todos aprendendo. Se alguém falar que entende, desconfie.

Rolaram 3 discussões no painel que me incomodaram.

Comentei que as redes sociais para darem certo nas empresas é necessária a introdução de um guia corporativo de uso. Acho que o pessoal não entendeu bem, pois surgiu o comentário de que as redes sociais não podem ser reguladas ou controladas. Ou seja, houve um mal entendido que tentei corrigir depois. Uma coisa não tem relação com a outra. Um guia corporativo não pretende regular ou controlar o uso de redes sociais, mas sim instituir recomendações de conduta para os funcionários e participantes da rede. Trata-se do mesmo espírito do código de conduta que existe dentro das grandes empresas, que apresenta normas de conduta e ética, mas não controla nada. Enfim, veja mais detalhes AQUI.

O segundo assunto foi em relação a simplicidade de implementação de redes sociais. Em determinado momento do painel se criou a percepção que introduzir redes sociais nas empresas é algo fácil e simples. Isso é um equívoco evidente. A única coisa fácil é a tecnologia, já que atualmente um blog ou rede social pode ser criado com muita facilidade, num piscar de olhos, haja vista as ferramentas blogger e wordpress. O resto é um tremendo desafio. Desenvolver redes sociais dentro das empresas exige uma transformação cultural, educação dos funcionários, envolvimento executivo, objetivos definidos, etc. Ou seja, é uma baita complexidade. Lançar o blog é fácil, duro é fazer ele acontecer. A síndrome do elefante indiano é um dos maiores obstáculos nessa jornada.

O terceiro assunto foi o comentário do representante do governo que disse que o governo já está evoluindo no mundo da web 2.0 e que o Blog do Planalto é um exemplo disso. A realidade é que não existe uma política clara e definida do governo, o que existe são iniciativas individuais de alguns governantes ou parlamentares que acreditam no potencial dessas ferramentas e que estão entrando nisso de verdade. Não resisti, e peguei o microfone para comentar que o Blog do Planalto não aceita comentários, o que descaracteriza uma das maiores características do blog que é o diálogo.

Por fim, para fechar o post, tenho que citar que o verdadeiro destaque do painel não foi o debate. O maior sucesso foi a cruzada de pernas da Renata Fan, num vestido curto, que provocou uma migração de homens do lado esquerdo para o lado direito do auditório. Lá do palco deu para ver o movimento migratório. Coincidência ou não, o lado direito do auditório terminou muito mais cheio que o esquerdo. Parabéns para Renata, que conseguiu coordenar muito bem o painel, tornando-o mais brilhante com sua inteligência, beleza e simpatia.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Entrevista para Heródoto Barbeiro da CBN: Empresas que não aproveitam o poder de inovação colaborativa das redes sociais podem se isolar no mercado

A CBN montou um estúdio dentro da Futurecom. Eu tive o privilégio de ser entrevistado por Heródoto Barbeiro, no programa Mundo Corporativo, onde conversamos sobre web 2.0 e mídias sociais mas empresas.

A chamada na CBN foi: Empresas que não aproveitam o poder de inovação colaborativa das redes sociais correm o risco de se isolar no mercado.

Acesse AQUI a entrevista de 32 minutos, sem cortes ou edição.

Você também pode ver a entrevista pois ela está no YouTube. Veja abaixo, também sem cortes ou edição.



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domingo, 1 de novembro de 2009

A internet é a ponte invisível de uma revolução

Eu assisti a magnífica entrevista de Rosental Calmon Alves para Míriam Leitão no Espaço Aberto da Globonews. Gostei muito, mas fiquei na minha. Mas hoje, ao ler a coluna da Míriam no jornal comentando esta entrevista, cujo título é "Tempo Elástico", eu não resisti e decidi publicar um post. Eu tenho que ter o registro deste material no blog.

A entrevista na Globonews deve ser motivo de reflexão de qualquer profissional de comunicação. São 23 minutos para chacoalhar a cabeça de qualquer pessoa que se envolve e trabalha com comunicação, mais especificamente jornalismo. Se você, que está lendo este post, tem amigos que trabalham com comunicação, faça um favor para eles e envie o vídeo abaixo. Acho que o vídeo deveria ser veiculado em todas as escolas de comunicação para discussão e debate dos estudantes.

Rosental fala sobre o mundo digital em que vivemos e se auto-intitula um evangelizador digital. Eu selecionei as seguintes partes da coluna de Míriam deste domingo, 1 de novembro de 2009.

"A internet não é uma nova mídia, não é mais um passo no caminho do jornal, rádio, televisão. É uma nova lógica, uma força transformadora, é o fim da era industrial e o começo da era digital. O único paralelo com o que está acontecendo é a invenção do tipo móvel, por Guttemberg, que acabou com o poder das velhas aristocracias, mudou o poder da Igreja e nos trouxe o iluminismo. A internet é a ponta invisível de uma revolução. Ninguém fala: eu vou entrar na rede elétrica e fazer um café. No futuro ninguém falará eu vou entrar na internet".

"Rosental define o que está acontecendo com uma imagem da astronomia. Diz que, antes, a imprensa era um sol intenso. Hoje, há várias constelações, e estamos numa galáxia. Apareceram os outros astros, os blogs, os produtores de conteúdo, jornalistas ou não: -- A pessoa começa a ter audiência também. Isso não termina com a audiência da mídia tradicional, mas permite mesmo a quem não é jornalista construir sua própria audiência. E a imprensa tem que entender isso e estar nisso".

"Rosental acha que nesse mundo novo, a imprensa sai de uma relação virtual, unidirecional com sua audiência, para atuar em rede. Mas não perde a sua força, como ficou provado em alguns episódios recentes. A morte de Michael Jackson saiu primeiro num blog, mas as pessoas só acreditaram depois de confirmado pela mídia tradicional: -- A imprensa mostrou sua força, sua credibilidade. A nossa profissão exige a disciplina da verificação. É o beabá".

"Fazer ou não fazer o curso de jornalismo, agora que a obrigatoriedade do diploma acabou? -- Fazer, claro. Nos Estados Unidos nunca foi obrigatório o diploma e 85% dos novos jornalistas fizeram curso de jornalismo. Terá vantagem quem tiver feito o curso e continuar estudando e aprendendo. Fica na profissão quem sabe fazer. Além disso, é um excelente curso de humanas".

Não deixe de ver o vídeo da entrevista de Rosental na Globonews e a coluna "Tempo Elástico" de Míriam Leitão. Entre tantos conceitos importantes, vou repetir o que qualifico como pilar básico em toda essa discussão: "a internet não é uma nova mídia, não é mais um passo no caminho do jornal, rádio, televisão. É uma nova lógica, uma força transformadora, é o fim da era industrial e o começo da era digital". Esse é o conceito mais importante pois confronta diretamente com o pensamento daqueles que dizem que a internet é meramente mais uma mídia. A internet balança as estruturas tradicionais, a começar pelo conceito básico de emissor/receptor. Atualmente todos são emissores e receptores.

A revolução que a internet está causando não afeta somente o jornalismo. Todas as profissões, estruturas da sociedade e relações humanas estão em profunda e acelerada transformação. Que privilégio poder viver nesta era e fazer parte desta grande viagem de transformação da humanidade.



Quer conhecer mais detalhes dos conceitos que Rosental citou na entrevista? Eis abaixo dois bons artigos escritos por ele que merecem ser lidos:

"Reinventando o jornal na Internet", publicado no blog Almanaque da Comunicação. Muito interessante esse artigo produzido em 2001, quando o impacto da internet no jornalismo ainda era visto com desconfiança.

"Jornalismo digital: Dez anos de web… e a revolução continua"; publicado em 2006 na revista Comunicação e Sociedade.

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