sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Relógio

Veja as duas fotos abaixo. Clique nelas. A primeira mostra um flagrante do andar da presidência da IBM Brasil. Note o relógio de parede. Agora clique na segunda foto para ver o relógio melhor.



No ano passado, fomos procurados por um cidadão dizendo que possuía um relógio de ponto, de parede, fabricado pela IBM, muito antigo, mas que estava em péssimas condições de conservação. A notícia chegou na presidência e logo tratamos de adquirir esse equipamento. Contratamos um restaurador e dois meses depois o relógio estava como "novo".

Agora a pergunta: porque fizemos tudo isso e por que o relógio foi colocado na parede perto da entrada da sala do presidente? Aliás, tudo isso foi ideia dele.

A resposta é simples.
Esse relógio carrega o maior valor que temos dentro da companhia, que em 2011 vai fazer 100 anos de vida: a nossa história. Lembrar das raízes e exercer os valores da empresa é altamente poderoso e gratificante. São dessas raízes que as empresas nascem e crescem. E são da falta delas que elas morrem.

O relógio na parede transmite várias mensagens:
- Representa orgulho pela nossa história;
- Mostra que começamos pequenos (as primeiras máquinas IBM foram cortadores de frios e balanças, só depois é que surgiram os relógios mecânicos de ponto);
- Mostra que gostamos de falar de nosso passado e experiências.

Isso tem alto impacto junto aos funcionários, que devem ser formados e forjados em cima de valores. Nesse contexto, esse relógio carrega mais informação e simbologia do que dezenas reuniões e vídeos institucionais. Aliás, como comentário, quase todos visitantes que entram no andar, sejam clientes, parceiros ou jornalistas, acabam perguntando o que aquele relógio está fazendo ali. Daí contamos toda a história.

Mas quer saber de um segredinho? Ninguém pensou nisso na hora que se falou da existência deste relógio. Todos foram movidos pela paixão de pegar um objeto da história da IBM e recuperá-lo. O resto é história.

O relógio voltou a funcionar. Fizemos até uma brincadeira onde todos os diretores bateram ponto para entrar numa reunião.

Quer conhecer mais um pouquinho do relógio? Veja abaixo.



Quer ouvir o "motor"?


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terça-feira, 26 de maio de 2009

Crises Empresariais - O livro de Roberto Castro Neves

Acabei de devorar o livro "Crises Empresariais com a Opinião Pública" de Roberto Castro Neves (RCN). Foi que nem Doritos, impossível comer um só. Foi começar e não parar mais.

Antes de falar do livro, não dá prá não deixar de falar do RCN.

Eu tive a sorte e o azar de ter trabalhado com Roberto na IBM Brasil, anos atrás. Sorte porque RCN era, e ainda é, uma das maiores autoridades de comunicação corporativa no país. O azar é pelo mesmo motivo. Uma autoridade desse calibre é exigente e detalhista, o que evidencia que um aprendiz de feiticeiro nunca teria, ou terá vida fácil, ao trabalhar com um perfil assim.

Roberto era um executivo centralizador e detalhista. Tinha um profundo conhecimento de comunicação empresarial, extremado bom senso, excelente domínio no relacionamento externo, especialmente com a imprensa, e grande liderança na empresa. Esta é a imagem que tenho dele. Cada interação com ele era uma aula.

Depois de um tempo, ficou claro para mim que eu precisava levar as coisas para ele de forma mais estruturada. Minha ansiedade e vontade de fazer coisas diferentes, muitas vezes me levavam a propor projetos incompletos e com riscos não calculados. Enfim, eu era um aprendiz do ofício.

O perfil de Roberto foi construído a partir de sua experiência na IBM Brasil. Ele comandou a área de comunicação da empresa durante muitos anos (até 1997, acredito eu), especialmente na época da “Política Nacional de Informática”. Talvez muitos não lembrem ou não saibam, mas teve uma época nesse país em que os maiores fabricantes de computadores do mundo não podiam fabricar no Brasil ou importar seus equipamentos. A justificativa é que, protegidas da concorrência com as multinacionais do setor (na época a liderança era da IBM, Burroughs, DEC e HP), os fabricantes brasileiros poderiam desenvolver uma tecnologia genuinamente tupiniquim e estariam plenamente aptos para competir em pé de igualdade com seus concorrentes estrangeiros quando a reserva de mercado terminasse. Foi a fase de empresas brasileiras como Cobra, Edisa e Itautec, essa última existe até hoje. Todo mundo sabe como essa história acabou, né?

Esse cenário transformou a IBM Brasil num enorme alvo de pancadaria vinda do governo e da imprensa. De repente, a IBM virou a Geni da vez. E foi o RCN, liderando Relações Externas, num papel muito mais abrangente do que meramente lidar com a imprensa, que enfrentou toda essa época com maestria e grande sucesso. Foram tantos anos lidando com uma crise latente e com assuntos delicados, que RCN tornou-se um líder centralizador e atento a tudo que acontecia, muitas vezes até desconfiado das coisas que chegavam a ele. Enfim, conto tudo isso pois a conjuntura nacional daquela época é que emolduraram a personalidade empresarial e a liderança de RCN.

O resultado é que RCN tornou-se uma das maiores autoridades de comunicação do país. Não é por acaso que ele é o Ombudsman da ABERJE e têm vários livros de referência publicados.

Feita essa pequena "longa" introdução, vamos ao livro.

O livro é imperdível para os profissionais de comunicação e gestores de empresa. Acho até que o livro vai muito além das crises empresariais, ele dá uma bela perspectiva do perfil da imprensa brasileira e do sempre delicado relacionamento dos executivos de empresas com a mídia. RCN usa e abusa de casos reais, internacionais e nacionais, e isso transforma o livro numa experiência riquíssima, provendo leituras diferentes sobre cada uma das crises apresentadas. O livro fica ainda mais valioso pois ele trabalha com muitos casos brasileiros conhecidos da mídia.

Tenho certeza que alguns não gostarão do estilo literário de RCN. Ele escreve como se estivesse tomando um chopp com a gente, numa mesa de bar. É quase uma conversa no pé-do-ouvido. Eu adoro isso, mas estou certo que tem gente que gosta de um texto mais formal e mais “quadrado”. Enfim, o estilo de Roberto nos leva a um bate-papo delicioso, que transforma um assunto sério numa conversa leve e divertida. É o jeito dele, pessoal, transposto para o livro. Muito bom.

Os capítulos 6 e 7 são o "crème de la crème" do livro, cujo conteúdo merece ser guardado na gaveta da mesa de trabalho para consulta e referência. Não deixe de ler o caso do "Infarto do Edgar", nas páginas 159 e 160, que na minha opinião é a essência do livro. A história pode ser resumida neste pequeno fragmento de texto: "Quanto mais decisões foram tomadas antes da crise, melhor. Tome a decisão e coloque no freezer. Quando precisar dela, ela já está lá, é só requentar. Quando se tem um planejamento, isto é possível".

Para ter um gostinho de como RCN aborda o tema, visite o seu site no endereço www.imagemempresarial.com e navegue pelos capítulos, especialmente o "Tudo sobre Imagem Empresarial" e "Crises Empresariais com a Opinião Pública", que contém alguns casos descritos no livro.

Enfim, o livro é para todo profissional de comunicação ter como referência, e até como manual de primeiros socorros. Também é recomendado para todos aqueles que têm contato com a imprensa, especialmente executivos de empresas e porta-vozes em geral. Do meu lado aqui, eu já vou tratar de colocar alguns exemplares na mesa de alguns executivos da companhia onde eu trabalho.
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sábado, 23 de maio de 2009

Os Blogs e o Jornalismo

A discussão sobre o futuro do jornalismo frente às novas mídias continua pipocando em tudo que é lugar. Tenho constantes oportunidades de falar com profissionais e lideranças da área e o tema sempre provoca discussões “quentes”.

Na penúltima edição da revista Época, no. 574, Helio Gurovitz, Diretor de Redação, escreve um editorial cujo título já denuncia o seu ponto de vista: “Em defesa do jornalismo”. Aliás, posição que eu concordo e compartilho, apesar de reconhecer que nem tudo são flores na mídia nacional. Veja AQUI.

Dias atrás, eu publiquei um post recomendando a leitura de uma excelente entrevista dada por Ricardo Gandour, Diretor de Conteúdo do Grupo Estado, para a Jornalistas&Cia. Ele navega muito bem a respeito do tema. Veja AQUI.

O New York Times, ícone do jornalismo americano, está à deriva. Outros canais importantes de informação dos EUA também estão sofrendo. Em fevereiro deste ano, a Time publicou um artigo que merece ser lido, chamado "How to Save Your Newspaper". Veja AQUI.

Recentemente eu tive um ótimo encontro com Silvia Bassi, Diretora Geral e Publisher do IDG Brasil, e Ralphe Manzoni, Editor-Chefe do mesmo grupo. O assunto foi o mesmo. A posição é clara. Eles não são contra as novas tecnologias e o ambiente digital colaborativo, o que se discute é um novo modelo de negócio para o jornalismo continuar sendo viável, sério e de qualidade. Aliás, vale destacar que o sempre excelente IDGNow! foi um dos pioneiros no uso de mídia digital, sempre adiante no tempo, usando e abusando de inovação. Hoje, o IDGNow! é o meu principal canal pessoal de informação a respeito do mundo de TI, que é super relevante para um cara como eu que trabalha numa empresa de tecnologia. Eu tenho interesse pessoal e profissional que o IDGNow! e outros veículos de informação importantes continuem saudáveis e provendo um jornalismo de qualidade. E essa, no final das contas, que é a discussão de todos nós. Aliás, só para comentar, o IDGNow! vai muito bem em seu modelo de negócio.

O mundo dos blogs é formidável e um caminho sem volta. A comunicação aberta, transparente e altamente colaborativa é uma dádiva da tecnologia, criando um ambiente que está revolucionando as nossas vidas, mudando a forma como a sociedade se relaciona e gerando inclusão social e educação massiva. Por outro lado, as redes sociais e blogs vêm alcançando um poder influência na sociedade que merece reflexão. Como gerenciar isso? Será que deve ser gerenciado? Conceitualmente, como diz Gurovitz, os conteúdos gerados nos meios online deveriam ser sujeitos às mesmas normas e leis que regem a imprensa tradicional. Infelizmente, o mundo online tem muitos pernas-de-pau. Gente que copia, faz pirataria de conteúdo, gera informação ofensiva e mentirosa, espalha factóides, etc. Toda essa turma influencia a sociedade através de pequenos delitos, pois pirataria e mentiras são crimes.

Existem opiniões polêmicas, como a de Luiz Nassif, que entrou em rota de colisão com alguns jornais e revistas. Ele diz que alguns veículos da nossa mídia nem sempre representam a imparcialidade ou seguem os preceitos do chamado bom jornalismo. Acesse AQUI o papo que eu tive com Nassif. Mas, por mais polêmica que seja a opinião de Nassif, todos nós caminhamos pelo mesmo de viés de que cada um deve ser responsável pelo que escreve, fala, opina e informa. Podemos, sim, fazer um bom jornalismo, independentemente do meio.

Quero deixar claro que blogueiro e jornalista são figuras diferentes. Como disse Renato Cruz, jornalista do Estadão: "não funciona avaliar a blogosfera por critérios estritamente jornalísticos, pois ela é maior que o jornalismo". Leia AQUI o artigo de Renato. Concordo com o que ele fala.

Alessandro Martins, jornalista, escreveu um post muito interessante chamado "Você, jornalista, também vai ter um blog; saiba por quê", onde ele comenta as diferenças entre blogueiros e jornalistas. Acesse AQUI. O mesmo Alessandro escreve um outro post a respeito da responsabilidade dos blogueiros. Vale a pena ler AQUI.

O IDGNow! publicou recentemente uma notícia informando que o número de processos contra blogueiros tem aumentado aceleradamente nos Estados Unidos. Acesse AQUI a matéria. Eu acho essa tendência inevitável, especialmente nos EUA onde "tudo" vale um "processinho". Acredito que em breve teremos ações parecidas por aqui em Terra Brasilis.

Mas por agora, eu quero incentivar a todos aqueles que blogam, acessam blogs, participam de redes sociais e fazem parte de alguma forma dessa sociedade digital, que fiquem de olhos abertos e saibam separar o joio do trigo. Parodiando o que Gurovitz escreveu, vamos ajudar a manter vivo o bom jornalismo dentro desse mundo digital. Os blogueiros têm papel fundamental nisso tudo.

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Por que as Empresas têm Medo das Redes Sociais ?

Por que grande parte das empresas ainda não prestou atenção à web 2.0? Por que elas preferem não responder, por exemplo, posts em blogs e no Orkut?

Estas perguntas surgiram numa conversa com Beth Guaraldo, da Voice. Ela queria saber a minha visão em relação a isso e imediatamente pensei: Isso merece um post!

Eu tenho participado de vários eventos de comunicação e interagido com muitos líderes de marketing e comunicação de empresas nos últimos dois anos. Essas questões sempre aparecem nos fóruns e nos debates. E eu tenho algumas percepções que vou compartilhar aqui.

Acredito que as empresas têm dificuldade de lidar com a web 2.0 e em implementar ambientes colaborativos (e incluo aí a interação em blogs e no Orkut) por conta de três motivos:

1- O AMBIENTE NA WEB 2.0 É CAÓTICO
O mundo colaborativo da web 2.0 é aberto: cada um fala com qualquer um, todos falam com todos e comunidades surgem e desaparecem num piscar de olhos. É um ambiente imprevisível, em contínua mudança e evolução. As empresas têm dificuldade de aceitar o uso livre de blogs ou wikis pois não sabem onde isso vai parar. E dizem: "Depois que abrir a porteira..."

2- AS EMPRESAS TÊM BARREIRAS CULTURAIS
As empresas, por mais evoluídas que elas sejam, ainda se organizam de maneira hierárquica. Tem o diretor, tem o gerente e tem o funcionário. A cultura da organização hierárquica ainda é muito forte e impõe uma resistência enorme para ambientes abertos e colaborativos, onde a hierarquia não existe. Os processos, a burocracia e os controles impõem barreiras enormes para essa transformação. As empresas têm dificuldade de ver centenas ou milhares de funcionários interagindo diretamente, sem intermediários, com seu presidente e diretores, permeando departamentos e geografias.

3- AS EMPRESAS QUEREM CONTROLAR A COMUNICAÇÃO
As empresas têm medo de perder o controle da comunicação. O maior receio das empresas em ambientes colaborativos abertos é o risco de que informações confidenciais e estratégicas comecem a circular pela empresa de forma descontrolada. Outro receio é que esses fóruns levem os funcionários a reclamarem de políticas de recursos humanos, dos banheiros da empresa, etc. As empresas têm medo de que essas redes evidenciem as mazelas da organização, os defeitos e os pontos fracos. Ou seja, as empresas têm medo de conversarem sobre assuntos polêmicos, onde elas se sentem fragilizadas e vulneráveis. Enfim, é uma mistura de CONTROLE e MEDO.

Aqui entre nós. Isso tudo é mera ilusão. As empresas estão iludidas. Elas pensam que controlam alguma coisa. O compartilhamento de opiniões e ideias já acontece diariamente nos corredores e nos "cafezinhos" das empresas. As empresas controlam o que elas conseguem ver, ou seja, a intranet, o mural na parede, as newletters, etc. Mas as reais conversas e interações entre os empregados eles não controlam, e nem faria sentido controlá-las.

Das três razões citadas, a mais fácil de resolver é a primeira. Basta restringir e delimitar o uso das redes sociais, blogs e wikis dentro da empresa. Isso pode ser feito através de regras e limitações de acesso. Pode-se estabelecer que blogs poderão ser criados e administrados somente por alguns líderes selecionados, que cada departamento poderá ter no máximo X wikis por vez, que existirão padrões para essas ferramentas, etc. Ou seja, a área de TI (Tecnologia da Informação) tem ferramentas para isso.

Aí vem uma outra pergunta que sempre aparece depois das perguntas acima:

Como convencer as empresas a mudarem suas posições?

Puxa, essa é difícil responder. Eu sempre incentivo começar por alguma área específica dentro da empresa. Implementar um projeto piloto numa área que esteja inundada de geração Y, num departamento carente de colaboração e que tenha um ou dois problemas crônicos para resolver. Montar uma rede colaborativa para atacar um ou poucos problemas específicos, que seja do interesse de todos os funcionários do departamento, pode ser um bom início. Também ajuda muito ter um executivo entusiasta da idéia e que tope ser o "sponsor" da empreitada. Enfim, estas são algumas ideias.

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NYT lança Blog de Fotojornalismo

O New York Times lançou ontem um blog de fotojornalismo chamado LENS. O blog vai reunir trabalhos pessoais dos fotógrafos do NYT, mas também de outros jornais. A idéia é destacar os melhores projetos de comunicação visual, incluindo também vídeos. Basta fazer uma visita ao LENS para ver o valor de uma imagem. Acess AQUI.


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domingo, 17 de maio de 2009

O Futuro do Jornalismo - Entrevista de Ricardo Gandour

É absolutamente imperdível a entrevista de Ricardo Gandour para a Jornalistas & Cia, edição especialíssima de 24 de Abril de 2009. Gandour é Diretor de Conteúdo do Grupo Estado, ou seja, é o responsável pelo conteúdo dos vários veículos que fazem parte do Grupo.

Trata-se de uma aula sobre jornalismo. Gostei da entrevista pois Gandour navega muito bem entre o jornalismo do presente e do futuro, fala de seus dilemas, desafios e transformações. A entrevista é longa, portanto eu recomendo imprimi-la para ler com calma e atenção.

Parabéns para a Jornalistas & Cia que não economizou espaço e produziu uma bela matéria. Muitas vezes, os veículos nos privam de matérias mais densas e preciosas por conta do velho problema de limite de espaço.

Enfim, não vou tomar mais seu tempo falando da matéria. Vai lá e sorva cada linha da entrevista. Trata-se daquelas que abrem a mente e faz a gente pensar.

Acesse a matéria AQUI ou clique na imagem abaixo.


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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uma aventura em Gana

O que faz uma mulher de mais de 50 anos de idade (sem preconceito, hein!!), casada, com dois filhos, com 34 anos de empresa, sair da sua área de conforto e ir ajudar a um povo que nem conhece?

Essa é a pergunta que Magaly responde em seu primeiro post no blog http://magalycaruso.wordpress.com/

Há uma semana, quando escrevi a respeito da aventura de Rodrigo Barbosa no post "Quando a Mídia Social toca o Coração", o número de acessos ao meu blog explodiu. Eu não sei dizer o que provocou tal explosão de acesso, mas uma das razões pode ser o interesse que este tema desperta. Também recebi alguns emails que diziam: "você tinha que ter contado antes, prá gente acompanhar a aventura desde o início".

Agora trago a aventura de Magaly Caruso. Sua aventura acaba de começar. No dia 14 de Maio, Magaly entrou no avião para Gana, mas precisamente para uma cidade chamada Takoradi, para participar de mais programa do CSC da IBM.

Magaly é uma das mais experientes secretárias executivas da IBM Brasil, com larga contribuição para a companhia. Ela embarca para Gana para ajudar a Citizens Development Corps, uma ONG do país, em algumas atividades expecíficas onde ela é especialista, como organização e administração.

Quer conhecer um pouco das atividades programadas e os colegas que estão indo para Gana junto com a Magaly? Entra AQUI.

Enfim, vamos embarcar com a Magaly? Anota o blog dela.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Os Rankings das Marcas Mais Valiosas

O "povo" adora as pesquisas das "Melhores Empresas para se Trabalhar" da mesma maneira que gosta das que medem o Valor das Marcas. O desafio é que medir o valor das marcas é difícil prá caramba. Por isso existe uma overdose de pesquisas, com diferentes metodologias e formatos. E não existe uma pesquisa "mais certa" ou "melhor".

Talvez a mais conhecida seja a da Interbrand, muito provavelmente porque eles sabem fazer um belo marketing do trabalho que fazem. Já escrevi um post sobre isso, veja AQUI. A Interbrand ainda não publicou o ranking deste ano.

A novidade é a recente publicação do ranking da Millward Brown das "100 mais Valiosas Marcas Globais". Acesse AQUI o site e veja AQUI o reporte "100 Most Valuable Global Brands 2009".

Adivinha quem vem em primeiro lugar? O GOOGLE.

Recomendo a leitura do relatório. Ele divide o ranking das marcas por categoria e fornece preciosos "insights" a respeito de cada uma das categorias. Vale a pena visitar a página 67 onde você encontrará um capítulo chamado "Key Take Outs".

Agora veja AQUI o "BrandFinance Global 500", que é o reporte anual das Marcas Mais Valiosas em 2009 produzido pela Brand Finance, uma consultoria britânica especializada em marketing.

E sabe quem vem na primeira posição neste reporte? O WALMART.

Eu gosto muito do reporte da BrandFinance. Tem mensagens legais e algumas coisas para pensar. Acesse o reporte e veja as páginas 31 a 34. Lá você encontrará uma excelente análise da importância dos fatores intangíveis na avaliação de uma marca. É um material rico para as áreas de marketing e comunicação.

Outra coisa que chama atenção nesse reporte é o índice mostrado na coluna BV/EV, que é BRAND VALUE / ENTERPRISE VALUE. Ou seja, a divisão do VALOR DA MARCA pelo VALOR TOTAL DA EMPRESA.

O índice BV/EV do WALMART é 17%, enquanto do GOOGLE é 37%.

A NIKE tem um incrível índice BV/EV de 72%.
Ou seja, 72% do valor da empresa NIKE está em sua marca, mais do que 2/3 do total. Acha muito?? Eu também. Mas veja a imagem ao lado e me diga quanto as pessoas pagariam a mais para ter a camisa da direita. Clica em cima da figura para visualizar melhor. Essa é a diferença da marca NIKE!!!!

Uma outra pesquisa divulgada recentemente fala em INFLUÊNCIA DA MARCA em vez de VALOR DA MARCA. Veja AQUI uma matéria publicada na Época Negócios que cita o trabalho feito pela agência Sart Dreamaker a respeito das marcas mais influentes no Brasil. Veja o RANKING.

E você consegue imaginar qual é a Marca mais Influente no Brasil segundo a pesquisa? É a COCA-COLA. Não sei não. E ao olhar o ranking, você descobre que nas 10 primeiras posições não tem nenhum banco (nem a Caixa, nem o BB), não tem a Petrobrás, nem a Vale. Tenho que confessar que o ranking me surpreendeu.

A matéria cita que a metodologia, desenvolvida pela Sart, estabelece um indicador que congrega 34 pontos de conexão entre a marca e o consumidor, divididos em quatro dimensões: atenção, relevância, significado e confiança. Eu gosto dessas novas abordagens pois estabelecem novas formas de mensurar algo que é intangível.

Ao vermos todas essas pesquisas, fica evidente que não existe uma metodologia "mais certa" do que as outras. Por outro lado, verificamos que algumas marcas circulam nas 20 primeiras posições em quase todas as pesquisas, o que mostra que elas devem estar fazendo alguma coisa certa em termos de marketing e comunicação. O que gosto mesmo é ler esses reportes e análises pois sempre aprendemos alguma coisa nova com eles.
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Fazer o blog do presidente é fácil...

A frase acima não é minha, até porque não acho fácil criar o blog do presidente. Eu diria diferente. Criar o blog é fácil, já o presidente...

A Época Negócios de março de 2009 é uma edição memorável, pois tem uma super-matéria chamada "Eles Perguntam e Eles Respondem". São executivos entrevistando executivos. Várias entrevistas me chamaram atenção, mas tem uma que é especial pois toca um assunto que venho abordando aqui no blog, que são as mudanças em andamento no mundo corporativo por conta da sociedade digital de hoje.

Trata-se da entrevista de Alexandre Hohagen, presidente do Google para a América Latina, por Horácio Lafer Piva. Acesse AQUI.

Alexandre fala que são poucas as empresas que usam bem a internet, que fazer o blog do presidente é fácil e que difícil é criar uma base de informação que dispense um call center com mil pessoas, é fazer com que a comunidade pergunte e responda. Ele também diz que as empresas brasileiras não entenderam ainda como é que podem direcionar essa liberdade de acesso ao conteúdo para coisas positivas, e cita o caso do biscoito Deditos, da Nestlé. Alguém de marketing da Nestlé descobriu a existência de comunidades no Orkut pedindo a volta do Deditos, que havia saído de linha. Eles economizaram um bom dinheiro em pesquisa. E o Deditos voltou.

Enfim, vale a leitura.

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Presidente da TAM lança Blog

Primeiro deu no IDG Now! Depois saiu no Nós da Comunicação.

O presidente da TAM, comandante David Barioni, lançou um blog como meio de comunicação interna com os 24 mil funcionários da companhia aérea. Em sete dias já foram mais de 350 comentários. Será que é ele mesmo que escreve os posts?? Será que ele lê os comentários?? Enfim, alguém sabe me responder como é o processo desse blog?

Clique abaixo para ler as matérias:

Nós das Comunicação - Presidente da TAM estreia blog para estreitar relacionamento com funcionários

IDG Now! - Presidente da TAM cria blog para se comunicar com funcionários

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Quando a Mídia Social toca o Coração

Veja essa foto...


É Rodrigo Barbosa na Tanzânia.

Rodrigo está num programa da IBM chamado Corporate Service Corps (CSC). O nome é feio, mas o programa é lindo.

CSC é um programa de voluntariado mundial para funcionários da IBM, que visitam e trabalham em atividades de voluntariado em países em desenvolvimento, como por exemplo: Gana, África do Sul, Tanzânia, Romênia, China, Índia, Filipinas, Vietnã e o próprio Brasil. São formadas equipes de diversos países para realizarem trabalho voluntário em organizações não governamentais, durante aproximadamente 1 mês. Os voluntários sempre trabalham em países diferentes da sua origem, ou seja, os brasileiros trabalham fora do Brasil.

Por que a IBM faz isso? Porque as três partes ganham. A empresa ganha porque desenvolve funcionários em habilidades globais. O funcionário ganha uma oportunidade de aperfeiçoamento e desenvolvimento inesquecível. A ONG ganha as melhores habilidades de diversos funcionários na solução de seus problemas. Enfim, toda a sociedade ganha.

Todo o programa é pago pela IBM. Hoje temos centenas de voluntários por aí espalhados no mundo, tentando ajudar a fazer desse planeta um lugar melhor para se viver. Veja alguns vídeos legais AQUI.

Apresentado o contexto, é hora de falarmos do Rodrigo.

Rodrigo Barbosa foi um dos brasileiros escolhidos. Alguns brasileiros já foram e retornaram de programas realizados em vários países, como é o caso de Rodrigo que acabou de retornar, outros estão no meio do programa e outras dezenas de voluntários irão nos próximos meses.

Rodrigo foi designado para trabalhar na Tanzânia, que fica na África. Ele saiu do Brasil no dia 12 de Março e seu retorno estava previsto para meados de Abril, mas ele acabou ficando um pouco mais por conta própria. Ele trabalhou numa instituição chamada África Wildlife Foundation.

Rodrigo saiu daqui encantado. Ficou muito feliz com o país escolhido. Ele não conhecia nada sobre o país, mas basta navegar em seu blog para descobrir o quanto ele gostou da experiência. Tanzânia era um país que Rodrigo nunca havia imaginado visitar um dia.

Não deixem de visitar o blog dele e o fotolog. É uma viagem... emocionante.

Blog ==> http://rodrigo.freitas.barbosa.zip.net/
Fotolog ==> http://rodrigo.freitas.barbosa.nafoto.net/

A emoção de acompanhar tudo online, compartilhar fotografias e sentir-se integrante dessa jornada do Rodrigo só foi possível por conta das ferramentas sociais virtuais. Dar oportunidade para todos os funcionários da IBM acompanharem essa aventura foi resultado da política da empresa, que dá liberdade completa para os funcionários acessarem, criarem e usarem blogs, wikis e outras ferramentas. Ter centenas de pessoas viajando virtualmente junto com Rodrigo é uma experiência fascinante, que gera orgulho e satisfação, e que permite acreditarmos que, juntos, podemos fazer um mundo melhor do que este que vivemos hoje.

Em outras empresas, talvez, tudo isso se transformasse numa matéria escrita por alguém de comunicações, com duas ou três fotos, publicada um mês depois da viagem. Ou seja, uma experiência riquíssima se transformaria em 3 parágrafos e 3 fotos.

Enfim, a liberdade das mídias sociais nas empresas também gera esse tipo de resultado, difícil de pôr em métricas (para aqueles que só pensam naquilo) mas fácil de constatar a grandeza e o impacto no coração de cada um de nós.

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

As Empresas perdem Memória Institucional nas Crises

As organizações ficam mais vulneráveis a perder sua memória institucional durante os períodos de crise e recessão. Essa é uma das conclusões mostradas no Estudo “The New Economic Environment” do IBV, publicado em dezembro de 2008.

Mas o que é Memória Institucional?

Memória Institucional é todo conhecimento gerado pela empresa, ou seja, inclui o que está registrado na documentação formal existente dentro da companhia, mas também considera aquele conhecimento que aparece nas inúmeras interações diárias que os funcionários têm em seu dia a dia, quase sempre de maneira informal e repletas de cultura corporativa.

Em períodos recessivos, as organizações enfrentam grandes desafios para manter seu conhecimento. Eis abaixo alguns dos desafios enfrentados pela empresas em período de turbulência:

- Os programas de demissão voluntária, e mais especificamente programas de aposentadoria antecipada, são focados nos funcionários mais experientes, com farta memória institucional;

- Nos programas de corte de empregos, redes sociais informais são decepadas, atingindo indivíduos que frequentemente funcionam como elos de ligação entre departamentos e projetos. Muitas companhias não têm noção do valor que estes funcionários representam para a empresa e acabam não considerando-os em seus programas de retenção e desenvolvimento;

- No momento mais duro das crises, a credibilidade da organização sofre bastante pois a demissão de trabalhadores exerce enorme impacto negativo nos funcionários que ficam, afetando os relacionamentos internos, entre os funcionários e a própria empresa. Além disso, muitos empregados vêem demissões com uma quebra de confiança entre eles e a empresa, é o velho sentimento de traição, o que leva muitos deles a não compartilhar ou explorar seu potencial de conhecimento (consciente ou inconscientemente) para o sucesso da empresa. E pode ser até pior, pois alguns funcionários escondem ou seguram conhecimento propositadamente como uma estratégia de manter seus empregos;

- Ambiente negativo e pressionado também pode roubar tempo precioso no compartilhamento eficaz de conhecimento e informação. Parece que o tempo para desenvolver capacidades, rever projetos e compartilhar experiências desaparece. Os empregados mais seniores acabam se concentrando nas urgências do dia-a-dia e ficam menos disponíveis ou interessados em mentorizar os funcionários mais jovens ou compartilhar informação relevante com os colegas.

Vivemos dias de turbulência no mundo. As empresas estão pedindo para fazermos mais com menos. Temos a sensação de estarmos menos disponíveis para pensar e colaborar com os outros. Estamos todos mais concentrados em eficiência operacional e em um monte de prioridades que, antes da crise mundial, pareciam não existir.

Um dos passos importantes para evitar essa erosão de memória institucional é se antecipar. As empresas deveriam se preocupar mais com isso. Uma das alternativas seria criar formas de compartilhamento de conhecimento crítico e estratégico com um maior número de pessoas dentro da empresa. Como fazer isso? Existem muitas formas. Eis apenas algumas ideias:
- Através de gravação de entrevistas via vídeo ou podcast com especialistas internos;
- Desenvolvimento de blogs, wikis e redes sociais;
- Incentivar a criação de comunidades (virtuais ou não) em torno de temas importantes;
- Rotação de funções - permitir que funcionários-chave circulem por diferentes funções dentro da empresa;
- Aumentar as oportunidades de mentorização;

Acredito que as alternativas acima só funcionarão se forem feitas durante um período de normalidade dentro da empresa. Numa fase de crise ou emergência não existirá clima favorável para qualquer uma destas iniciativas, pois a organização estará concentrada em apagar os incêndios. Ou seja, para isso funcionar, o ambiente tem que estar receptivo.

Entender as redes mais críticas de informação dentro da empresa pode ajudar muito na identificação dos funcionários de maior valor para a empresa. Dimensionar o valor contributivo desse pessoal é fundamental para que a empresa tenha clareza em que ela deve investir e reter.
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domingo, 3 de maio de 2009

Como Gerar o Estresse Positivo na Organização

Sim. O estresse pode ser positivo.

Antes de tudo, eu tenho uma pergunta para você: Você gostaria de trabalhar numa empresa cuja organização está estressada? A grande maioria das pessoas diz “não” para essa pergunta. Aliás, todos falam "não". Tenho certeza disso pois eu venho testando essa pergunta nos últimos anos.

E se mudarmos a pergunta para: Você gostaria então de trabalhar numa empresa cuja organização está relaxada. Não? Quase todas as pessoas me dizem que não achariam legal trabalhar num grupo de pessoas relaxadas.

Então? Qual é a resposta certa? O pulo do gato é entendermos bem o que significa ESTRESSE e o impacto que isso gera na empresa, ou melhor, nas pessoas que trabalham na empresa, especialmente porque a palavra ESTRESSE quase sempre é usada de forma negativa.

De acordo com Bruce McEwen, autor do livro “O Fim do Estresse como Nós o conhecemos”, o estresse faz muito bem para o ser humano. Segundo ele, o estresse faz o cérebro reagir e ficar preparado para o pior, ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, nossa memória fica mais ativa e parece que aumenta a nossa capacidade de guardar informações. O aumento do nível de ansiedade nos faz mais alertas e competitivos. Ou seja: pessoas estressadas potencializam suas capacidades de superação de problemas, planejamento e tomadas de decisão. Isso parece bom, né?

Por outro lado, o estresse contínuo e em excesso é perverso pois os efeitos benéficos desaparecem. A pressão excessiva acaba trazendo prejuízos ao corpo, gerando um cansaço mental e físico indesejáveis que trazem problemas de memória e irritabilidade, podendo até gerar problemas no coração e hipertensão.

O resumo é que o estresse moderado é bom, mas com muito cuidado para não passarmos do ponto de equilíbro.

Se aplicarmos esta perspectiva no mundo corporativo, podemos dizer que gerar um nível de estresse na organização pode ser positivo. Fazer com que cada funcionário receba uma dose de estresse e pressão pode dar a atenção e o senso de urgência que toda empresa precisa. Não estou falando da pressão que o gerente impõe ao funcionário direto. Estou falando de fazer com que cada funcionário entenda os desafios e os objetivos gerais de curto e médio da empresa, e como ele pode ajudar à empresa a superá-los.

Essa sensação de inquietude na busca dos objetivos empresariais pode ser muito saudável para a organização, pois permite aglutinar os funcionários na busca de metas comuns, gerar um senso de foco e sinergia, além de dar um "chega prá lá" nos mais acomodados. Por outro lado, não é razoável manter a organização sob contínuo estresse. Celebração de conquistas, momentos de relax e reflexão são importantes para aliviar o acelerado ambiente corporativo que temos nas empresas atualmente.

Nesse cenário, cabe aos executivos e à área de comunicação interna a tarefa de manterem a organização em estado de alerta, porém, mostrando o caminho. Como fazer isso? Eis alguns conceitos sugeridos:

1- Estabelecendo uma comunicação clara dos objetivos e desafios empresariais. Para isso é importante desmistificar a estratégia da empresa, tornando-a simples e descomplicada. Cada funcionário tem que ter a capacidade de entender a estratégia geral da empresa e saber conversar sobre o assunto em qualquer ambiente;

2- Mostrando com clareza os obstáculos que a empresa têm que vencer para cumprir os seus objetivos. Os funcionários têm que entender onde e como podem contribuir para essa superação;

3- Mantendo uma comunicação interna constante e ativa, evidenciando, de maneira evolutiva, as conquistas e as dificuldades. É importante que os funcionários tenham noção do que está sendo vencido e onde estão as dificuldades mais resistentes;

4- Criando um ambiente altamente colaborativo, onde os funcionários sejam incentivados a colaborar e interagir com a direção da empresa;

5- Incentivando uma maior tomada de riscos nas decisões por parte dos funcionários, mas de forma consciente. Para isso as pessoas têm que estar mais preparadas, treinadas, informadas e incentivadas a agir dessa maneira. É o que chamamos de cultura de experimentação e risco.

Você continua não gostando da palavra ESTRESSE? Ok, então pode mudar o título do post para: Como colocar a Organização em Estado de Alerta.

Em resumo, impor um nível moderado de pressão e estresse na organização é muuuito saudável. Saber dosar e trabalhar essa ansiedade interna, é algo cada vez mais importante para a comunicação interna das empresas. Esse tipo de desafio é muito diferente do velho e tradicional jornalismo corporativo que muitas empresas ainda esperam da sua área de comunicação. Trata-se de uma transformação inevitável, que muitos ainda resistem e têm dificuldade de entender, mas essa é uma exigência do novo ambiente de trabalho que vivemos.

Cabe aos profissionais de comunicação que trabalham nas empresas, entender esse “novo” perfil de profissional que as empresas precisam. O problema é quando a empresa e o time de comunicação não enxergam esse novo cenário, aí não tem jeito, a comunicação interna vai continuar sendo o departamento da divulgação, da revistinha e do “funcionário do mês”.

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sábado, 2 de maio de 2009

Mais um Capítulo da Saga "Computador versus Homem"

Dias atrás eu escrevi um post sobre “A Arte de Prever o Futuro”. Surpreendentemente, dias depois, a IBM anunciou uma novidade que está intimamente conectada com o devaneio que muitos de nós imaginamos quando pensamos no futuro. Estou falando de máquinas que pensam e se socializam como seres humanos. Uma espécie de inteligência artificial.

A IBM anunciou planos de construir um sistema de computação, que ganhou o nome carinhoso de Watson, que será capaz de competir com os seres humanos no jogo de Jeopardy, um programa de TV muito popular, tipo quiz show, nos EUA. Ao mesmo tempo, Jeopardy anunciou planos de lançar shows onde Watson vai competir com seres humanos. Veja abaixo um trecho do programa Jeopardy.



Isso tudo me lembra o supercomputador Deep Blue, que em 1997 derrotou Kasparov, o supercampeão mundial de xadrez. Naquela época, o feito do Deep Blue reacendeu a imaginação de máquinas pensantes. Vale a pena ver o vídeo abaixo.



O Watson representa um passo importante na capacidade dos sistemas de computação para resolver problemas de alta complexidade. O desafio de Watson é muito maior do que aquele enfrentado pelo Deep Blue. Competir no Jeopardy é muito mais complexo do que no xadrez, devido à ampla gama de assuntos, a velocidade com que devem ser fornecidas as respostas precisas e a necessidade de analisar pistas contendo ironia, metáforas e outras sutilezas do pensamento humano e de expressão. Watson não estará ligado à Internet, também não utilizará qualquer outra assistência externa, exatamente da mesma forma que as pessoas participantes do Jeopardy. Enfim, Watson vai ter que se virar com sua própria inteligência e capacidade de análise.

E porque a IBM está nessa?

A IBM espera que o desenvolvimento e experiência do Watson leve a inteligência e relacionamento “Computador - Ser humano” para níveis sem precedentes. No futuro, a IBM espera aplicar estas especiais capacidades tecnológicas para enfrentar os desafios que se colocam às empresas, instituições e sociedades.

Hoje em dia, já nos supreendemos com a internet, as redes sociais e toda computação pervasiva que nos circunda. Isso tudo é apenas um aperitivo do que vamos presenciar em termos de revolução tecnológia na próxima década.

Enfim, é esperar prá ver.

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